terça-feira, 11 de junho de 2013

Porto do Rio Grande opera com 50% da capacidade


Setor critica centralização de decisões da Lei dos Portos e espera regulamentação; desafio é ampliar a demanda .

Os gargalos de estrutura de embarques e desembarques no Norte e Nordeste do País não são problemas no Sul. Operadores dos terminais privados e em áreas de concessão no Porto do Rio Grande apontam que o desafio sob a nova Lei dos Portos será ampliar a demanda de cargas e elevar a operação da estrutura existente. O porto gaúcho ocupa apenas metade da capacidade instalada, movimentando 670 mil da estrutura projetada para suportar 1,25 milhão de contêineres por ano, apontou o presidente do Tecon, Paulo Bertinetti.

Para gerar maior fluxo e riqueza, o executivo e demais dirigentes, que debateram o futuro do setor, nesta quinta-feira na Fecomércio-RS, em Porto Alegre, condicionaram o aumento da produção de bens pelas empresas instaladas e redução de custos logísticos, como dos pedágios. Essa desvantagem faz com que potenciais cargas que poderiam desembocar em Rio Grande acabem sendo transportadas ao Sudeste (maior mercado consumidor) por rodovias ou por outros terminais, como os de Santa Catarina (para exportação).

“O custo de transporte para levar uma carga da Serra até Rio Grande hoje é R$ 500,00 maior que embarcar no Porto de Itajaí”, exemplificou o presidente do Tecon. Entre as alternativas de transporte que tornariam mais atrativo o eixo Sul, estão maior malha de ferrovia e uso de hidrovias. O diretor-presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Mantelli, disse que o atual governo estadual não tem interesse em ampliar o transporte por rios e lagoas.

O encontro sinalizou expectativa sobre a regulamentação da nova lei para o setor portuário, prometido pelo governo federal para julho. Mantelli espera que as regras sejam simples, para que não gere dificuldades de investimentos e atração de outros exploradores. O que preocupa o setor é a centralização de decisões sobre prorrogação e renovação e concessões no governo federal. “O rei de Brasília vai dizer se pode ou não pode”, reagiu o diretor-presidente da ABTP. O texto sancionado pela presidente Dilma Rousseff teve vetos a itens que permitiam renovações automáticas de contratos firmados antes de 1993, quando houve mudança das regras, e após aquele ano.

Bertinetti pontuou que o esvaziamento da ação dos conselhos de autoridade portuária (CAPs) pode abrir espaço para ingerência da União. A preocupação é com mudanças dos perímetros e zonas de operação portuária que possam prejudicar quem já estáou mesmo que não sejam feitas onde há limitações, como no Norte do País.

O diretor-superintendente dos terminais da Tergrasa e Termasa, da CCGL, Guillermo Dawson Junior, informou que a central cooperativa aguardará as novas regras para avaliar o impacto na já anunciada ampliação de 50% na estrutura do Termasa. O investimento será de R$ 120 milhões. Dawson reforçou que o desafio na região é expandir o volume de grãos e outras mercadorias escoado pelos terminais.

O gerente-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, frisou o déficit de investimentos em aumento e qualificação da infraestrutura, que abrange de portos a estradas e aeroportos. Cardoso citou que o Brasil aplicou 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) nessas áreas em 2011. A necessidade atual de aportes para ampliar e melhorar os canais logísticos é estimada em R$ 128 bilhões ao ano.
Lei dos Portos moderniza terminais brasileiros, diz CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a Lei dos Portos é fator determinante para que o País inaugure um ciclo de expansão da infraestrutura portuária e novos padrões de eficiência na gestão dos terminais, já que oferece ao setor privado regras compatíveis com as melhores práticas do mercado internacional. “O Brasil passa a dispor de um marco regulatório moderno, capaz de estimular os investimentos necessários para construir um sistema portuário compatível com o tamanho de sua economia”, disse a entidade, por meio de nota.

A CNI destaca que a nova lei contribuirá para eliminar os gargalos dos portos, elevando o potencial de crescimento da economia, gerando empregos, renda e riqueza. A entidade também destaca que o novo marco regulatório também avança ao garantir a concorrência entre operadores do setor, que resultará na redução de custos. “A recuperação da deteriorada infraestrutura portuária brasileira e a adoção de práticas modernas de gestão nos terminais são essenciais para recuperar a competitividade do setor produtivo nacional.”
A confederação também elogiou o veto ao conceito de terminal-indústria, que opera carga própria, avaliando como um dos principais avanços garantidos pela lei. Para a CNI, a antiga exigência foi um dos principais fatores que levou à paralisia de investimentos no setor portuário.

(Fonte)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

China dá troco aos EUA na América Latina


O novo presidente da China, Xi Jinping, teve uma recepção grandiosa em sua primeira visita à América Latina. Oito chefes de Estado do Caribe voaram até Trinidad e Tobago para se encontrar com o mandatário, que prometeu US$ 3 bilhões em financiamento a obras públicas.

Menos de uma semana antes, quem esteve por lá foi o vice-presidente americano, Joe Biden. A conversa foi outra. A primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar reclamou dos subsídios agrícolas às Ilhas Virgens e a Porto Rico, de barreiras comerciais e até disse que muita gente na região acha que não recebe "atenção" dos EUA, como vazou para a imprensa local.

Em vez de oferecer empréstimos como os chineses, Biden até pediu aos brasileiros para investirem nos EUA, em discurso no porto do Rio.

Xi ainda visitou Costa Rica e México, dois aliados americanos, antes de se encontrar com Obama anteontem.

Deixou de fora do roteiro o maior parceiro comercial da China, o Brasil, e países com suposta afinidade ideológica, como Cuba.

Para vários analistas, Xi fez questão de visitar aliados americanos na zona de influência da superpotência (que o novo secretário de Estado, John Kerry, chamou de "quintal" dos EUA), como troco pela maior interferência americana no Sudeste Asiático, especialmente em Mianmar, que era aliado incondicional chinês antes da recente abertura política.

Também há a percepção que as últimas visitas de Obama e Biden à região seriam uma espécie de contraofensiva à crescente presença chinesa na América Latina.

SEM ESTRATÉGIA
A China virou o maior destino de exportações do Brasil, Chile e Peru e já é o segundo maior da maioria dos países da região, com exceção do México. "Os EUA estão quebrados, então não dá para competir com a China em distribuição de empréstimos e obras públicas", disse à Folha o professor Evan Ellis, da Universidade da Defesa Nacional, de Washington.

Para ele, o governo americano precisa se aliar ao empresariado do país para ter uma estratégia --"que ainda não existe"-- para a região.

"A China não é uma ameaça à segurança, nem vivemos uma nova Guerra Fria. Ela quer acesso a matéria-prima e mercado para seus produtos. Ela, sim, tem estratégia para a América Latina", diz.

Os americanos dão sinais de maior engajamento com a região. Obama visitou México e Costa Rica pouco antes da viagem de Biden. Convidou a presidente Dilma Rousseff para o que será a única visita de Estado no que resta do ano em Washington.

O presidente americano acaba de receber o presidente do Chile, Sebastian Piñera, e de prometer aos chilenos que eles poderão viajar ao país sem visto. Mas, ao contrário dos chineses, Obama coleciona desafetos na região --além de não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela, até mesmo a Argentina ficou de fora dos roteiros pela América Latina.

O único percalço do chinês e de sua comitiva de 280 pessoas pela região foi a pressão diplomática, revelada pela imprensa, para que as bailarinas do carnaval de Trinidad estivessem muito vestidas e não se aproximassem muito de Xi. Os locais reclamaram.

A disputa das duas potências deve continuar e nem sempre será fácil para a América Latina lidar com os dois gigantes. "Os EUA fazem um trabalho notoriamente pobre em premiar seus aliados, e a China promete muito mais investimento de que fato investe", diz Ellis.

RAUL JUSTE LORES
DE WASHINGTON

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Lei dos Portos: Primeira concessão

O contrato de concessão de área do Estado para implantação do terminal de uso privativo da empresa Bahia Mineração (Bamin) no Complexo Porto Sul, a ser instalado em Aritaguá (Ilhéus), será assinado nesta quinta-feira (6), às 14h, na Governadoria. O ato contará com a presença do governador Jaques Wagner e do presidente da Bamin, José Francisco de Viveiros.
Também participam da cerimônia os secretários estaduais Rui Costa (Casa Civil) e Carlos Augusto Costa (Indústria Naval e Portuária), além do diretor-geral do Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), Saulo Pontes.
O terminal movimentará o minério de ferro produzido pela empresa – cerca de 25 milhões de toneladas/ano. A Bamin é a primeira investidora privada no novo complexo portuário da Bahia. O Porto Sul movimentará cargas de todos os tipos de granel (minérios, grãos agrícolas, óleos, combustíveis) e cargas em seus diversos acondicionamentos, com estimativa, no 25º ano de funcionamento, de operar 100 milhões de toneladas/ano.
 (Fonte)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dilma sanciona com vetos nova Lei dos Portos

Cabe ao Congresso examinar os trechos vetados

 
Por lei, presidente tem 15 dias para sancionar ou vetar a matéria 
 
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta terça-feira (4), com vetos, a nova Lei dos Portos, que teve origem na Medida Provisória 595, aprovada pelo Congresso em maio. A íntegra da lei e os detalhes e justificativas dos vetos serão publicados na edição desta quarta-feira (5) do Diário Oficial da União.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, deverá explicar os detalhes da nova lei em entrevista nesta quarta-feira, segundo informações da Secretaria de Imprensa da Presidência.

A lei estabelece um novo marco regulatório para o setor, abrindo espaço para concorrência entre portos públicos e privados.


O prazo para sanção presidencial começou a ser contado no dia 16 de maio, quando a Presidência da República recebeu o texto aprovado pelo Congresso Nacional, e terminaria nesta quarta-feira.
Por lei, o presidente da República tem 15 dias úteis para sancionar ou vetar, total ou parcialmente, a matéria.

Cabe ao Congresso examinar os trechos vetados. O presidente do Senado, Renan Calheiros, informou que a data de apreciação dos vetos dependerá dos líderes partidários.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Aeroporto brasileiro recebe um dos maiores aviões cargueiros do mundo

Boeing americano 747-8F, um dos maiores cargueiros do mundo, aterrissou nesta terça-feira (28) no Aeroporto de Viracopos e atraiu curiosos. Um pouso-teste para que um avião desse porte opere regularmente no país.

No Brasil, no interior de São Paulo, um teste chamou a atenção, nesta terça-feira (28), no aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Na beira da estrada, plateia para um avião. "É novidade para nós", conta um observador do avião. Às 13h30, o Boeing americano 747-8F, um dos maiores cargueiros do mundo, aterrissou no Aeroporto de Viracopos. Um pouso-teste para que um avião desse porte possa operar regularmente no país.

São 19 metros de altura e 68 metros de uma asa a outra, o equivalente a um prédio de 22 andares.

O maior cargueiro que já aterrissou no Brasil tem 76 metros de comprimento. Dentro do avião é possível ter uma dimensão desse tamanho. A aeronave pode transportar até 135 toneladas de bagagem. Mais 2 toneladas só de combustível.

Esse cargueiro transporta 30 toneladas a mais do que o maior avião de carga já autorizado a pousar no país, o Boeing 747-400.


O super cargueiro, da empresa Atlas, custa o equivalente a R$ 600 milhões. E segundo o piloto não há muita diferença nos comandos. O único cuidado é fazer as manobras devagar em solo para evitar acidentes.

Para receber o cargueiro desse porte, que é da chamada classificação F, o Aeroporto de Viracopos fez mudanças na pista. Aumentou a área para a frenagem, mudou a sinalização nas cabeceiras e ampliou a capacidade do reservatório de água para o risco de um incêndio.
Muitos funcionários do aeroporto deram uma pausa no trabalho só para conhecer o gigante.
“É bem maior do que a gente está acostumado a ver. É impressionante”, afirmou uma admiradora.

(Fonte)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

Com MP dos Portos, Brasil deve avançar no ranking mundial

O Brasil vive um paradoxo no setor portuário. Em terminais para movimentação de minério de ferro, o país está na liderança do ranking mundial, ocupando o primeiro, o segundo e o quinto lugares. Entre os portos que movimentam contêineres, desce a ladeira para ocupar a 35ª posição, na lanterna dos 40 portos e terminais listados em levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Investimentos em ampliação de capacidade, modernização de equipamentos e melhorias no sistema de gerenciamento eletrônico de carga poderiam elevar o Brasil à 17ª posição em três anos. Um salto que, segundo especialistas, pode ser favorecido com a MP dos Portos, aprovada semana passada no Congresso.


— É fundamental para o negócio de algumas empresas exportadoras ter portos eficientes. Isso as motivou a investir. No caso dos contêineres, cuja movimentação se concentra em portos públicos, o país ainda precisa melhorar para elevar sua competitividade — diz Oliveira.

O levantamento da Firjan considera apenas a infraestrutura portuária, excluindo acesso ao porto e burocracia, dois dos principais problemas do setor hoje. Foram analisados nove itens, como equipamentos, sistema de monitoramento de cargas e agendamento de caminhões, tamanho do pátio e calado, entre outros. As informações foram compiladas a partir de órgãos internacionais como Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Banco Mundial.

Quem aparece no 35º lugar no ranking de portos de contêineres é o Porto de Santos (SP), o único brasileiro da lista. Segundo Riley, embora os equipamentos estejam entre os melhores da América do Sul, ficam aquém dos usados em Europa, EUA e Ásia. Conseguem empilhar, em média, seis contêineres. No Porto de Hong Kong (3º colocado), as pilhas chegam a 13. Além disso, a movimentação de carga é modesta se comparada aos primeiros colocados. Santos movimentou 3,2 milhões de TEUs (medida usada para os contêineres) em 2012. O Porto de Cingapura e o Porto de Xangai, os dois primeiros da lista, têm capacidade para cerca de 25 milhões de TEUs.


Nos cálculos do especialista, investimentos em tecnologia e os já anunciados investimentos nos terminais da Embraport (da Odebretch) e da BTP, ambos em Santos e que vão ampliar a capacidade do porto para oito milhões de TEUs em 2015, seriam suficientes para fazer o país galgar quase 20 posições, alcançando a 17ª. Os especialistas destacam, porém, que o Brasil jamais figurará entre os primeiros colocados nesse ranking, pois tem limitações físicas. Os portos de Cingapura e Xangai têm calado de até 30 metros, o dobro do de Santos, o que lhes permite receber os maiores navios do mundo.

A Codesp, que administra o Porto de Santos, diz que cabe a ela apenas gerenciar o tráfego interno de caminhões, cabendo às empresas que exploram os terminais, como a Santos Brasil, de Daniel Dantas, o agendamento e o controle da movimentação das cargas. A empresa responde por 55% da movimentação de contêineres do porto, mas não quis comentar o estudo.

(Fonte)

Entenda os principais pontos da MP dos Portos aprovada pelo Congresso

Medida provisória tem como objetivo modernizar portos do país.
Aprovação do texto na Câmara e no Senado durou quase 50 horas.

Terminal indústria
Prevê a autorização para exploração de "terminais indústria", espaços localizados fora dos portos públicos que vão servir para movimentação exclusiva de carga pertencente à empresa autorizada a operar um terminal desse tipo. Nos portos privados (TUPs), autoriza movimentação de carga de terceiros. Com isso, o governo espera aumentar a estrutura portuária e a competição no setor, o que deve levar à redução de preços e ganho de competitividade para as empresas exportadoras brasileiras.

Arrendamento e concessões em portos públicos
Mantém a obrigação de licitação para escolha de empresa concessionária ou arrendatária de bem público destinado à atividade portuária, mas elimina parágrafo do texto original que previa que a concessão poderia abranger, no todo ou em parte, a exploração de porto organizado (público) e sua administração.

Vigência dos contratos
Determina que os contratos de concessão e arrendamento de áreas dentro dos portos públicos terão prazo de 25 anos, garantida a prorrogação uma única vez e por igual período, desde que o concessionário ou arrendatário promova investimentos para modernização e expansão das instalações portuárias. No texto original enviado ao Congresso, a prorrogação do contrato ficava a critério do governo.

 

Critérios para licitação
A definição do vencedor das licitações seguirá: maior capacidade de movimentação de carga, menor tarifa ou menor tempo de movimentação de carga, entre outros estabelecidos no edital. No texto original, seria escolhida a proposta que oferecesse a maior movimentação de carga com menor tarifa. Também veda a participação nas disputas de empresas com participação societária superior a 5% em companhias de navegação marítima, excluídas empresas públicas.

Quem faz a licitação
As licitações, em princípio, serão de responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Entretanto, foi incluída no texto a possibilidade de o governo repassar à administração do porto a responsabilidade pela redação do edital e a realização do processo licitatório para escolha dos concessionários e arrendatários de seus terminais.

 
Instalações portuárias privadas sob autorização
O texto aprovado pela Câmara estabelece que a exploração de TUPs, estações de transbordo de carga, instalação portuária pública de pequeno porte, instalação portuária de turismo e terminais indústria será feita mediante autorização, precedida de processo seletivo público.

Prazo das autorizações
As autorizações terão prazo de 25 anos, prorrogáveis por períodos sucessivos sob a condição de que as empresas autorizadas mantenham as atividades portuárias e realizem investimento na ampliação e modernização de sua infraestrutura. Caberá à Antaq a fiscalização do cumprimento do cronograma e, se necessária, a adoção de sanções, inclusive a cassação da autorização, caso o cronograma seja descumprido. Assim como nos terminais de portos públicos, as autorizações para instalação portuária são vedadas às empresas com participação superior a 5% em companhia de navegação marítima, exceto se empresa pública.


Requerimento
Os interessados poderão requerer a autorização na Antaq a qualquer tempo, mas a agência deverá tornar esse pedido público e verificar a existência de interesse de outras empresas em fazer investimento semelhante, na mesma região.

Chamada pública
A Antaq também poderá fazer uma chamada pública para conceder a interessados autorização para fixar instalação portuária em uma determinada região. As autorizações serão concedidas no caso de candidato único ou múltiplo, mas, no último, desde que as propostas não inviabilizem os projetos. Se for identificada essa possibilidade, a Antaq realiza processo seletivo para escolha da proposta. A Antaq, antes de expedir a autorização, deverá consultar autoridade aduaneira e a prefeitura da cidade.

Guarda portuária
Delega à autoridade portuária dos portos públicos a competência para organizar a Guarda Portuária, responsável pela vigilância e a segurança do porto.

Portos públicos e trabalhadores
Determina que os operadores portuários de portos públicos não poderão contratar trabalhadores temporários. E que os trabalhadores avulsos deverão estar inscritos em cadastro que ateste a sua qualificação profissional para desempenho das atividades relacionadas.

Renovação de contratos antigos
Os contratos de arrendamento celebrados antes de 1993 deverão ser automaticamente renovados por mais um único período não inferior ao prazo previsto em contrato. Os que entraram em vigor depois também poderão ser prorrogados uma única vez, pelo prazo máximo previsto no contrato, mas “desde que o arrendatário promova os investimentos necessários para a expansão e modernização das instalações portuárias.” Já os contratos de concessão de portos públicos a empresas privadas celebrados antes de 1993 poderão, a critério do governo, ser renovados uma única vez pelo prazo de até 5 anos.

Metas de desempenho das Docas
O texto final aprovado pela Câmara manteve a obrigação de que as companhias Docas, que administram portos públicos, firmem com a Secretaria de Portos da Presidência da República compromisso de metas de desempenho.

(Fonte)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

MP dos Portos na Câmara... em Paranaguá manifesto sindical

Porto de Paranagua - PR
Porto de Paranagua: Força Sindical fez manifesto contra votação da MP dos Portos na Câmara.

Serviço foi normalizado por volta das 21h30 de terça-feira (14).

As atividades do Porto de Paranaguá, que estavam suspensas desde a tarde de terça-feira (14), em virtude da paralisação dos trabalhadores portuários, que protestam contra a discussão da Medida Provisória 595/12, foram normalizadas no mesmo dia, por volta das 21h30.


A medida, mais conhecida como MP dos Portos, estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Durante a paralisação, quatro mil trabalhadores suspenderam o embarque de cargas e dezessete navios deixaram de ser carregados.

A normalização foi decidida logo após a aprovação do texto-base na Câmara dos Deputados, em Brasília. A única alteração aprovada foi um destaque, de autoria do DEM, que, ao retirar a expressão "vedada a exclusão de área", permite ao presidente da República reduzir o tamanho da área de um porto.

Depois disso, os deputados iniciaram a discussão de 29 emendas (alterações do texto original), e o plenário aprovou um requerimento que permitiu votar em bloco as emendas individuais. Com isso, 19 emendas individuais foram rejeitadas. Restaram dez emendas aglutinativas (que reúnem conjuntos de várias emendas individuais).

Às 4h55 desta quarta-feira (15), após 18 horas de sessão, não havia mais quórum para votação, o que obrigou o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a encerrar os trabalhos e convocar sessão extraordinária para as 11h.

(Fonte) 


Porto Publico de Xangai - CN (O maior em movimentação de cntrs do mundo)

Federação Nacional dos Portuarios: Nossa Opinião


Após intensa mobilização reivindicando alterações na Medida Provisória 595/12, denominada MP dos Portos, conseguimos junto ao governo federal um acordo histórico que aponta para mudanças importantes tanto na relação capital x trabalho, quanto nas questões relacionadas à gestão pública dos nossos portos. O acordo foi fechado com o relator da MP, o senador Eduardo Braga, e o presidente da comissão, o deputado José Guimarães. (Leia Mais)

terça-feira, 14 de maio de 2013

10 Dicas para importar da China com sucesso.

 
Atualmente o mercado de importação está em alta, Comprar na China tem se tornado uma modalidade mais frequente entre os brasileiros, veja uma série de dicas e informações para quem está iniciando suas operações, ou mesmo ainda estão em fase de projeto:
 
1) Providencie o RADAR da sua empresa
Antes de decidir se vale ou não a pena iniciar um projeto de importação, você já pode providenciar o RADAR da sua empresa. O que não atrapalha em nada o seu negócio atual e pode gerar um bom ganho de tempo quando decidir importar…

Mais informações no link: 

2) Escolha um Despachante Aduaneiro
O despachante aduaneiro é quem irá ajudá-lo com a liberação, nacionalização da carga e cálculo dos impostos. Escolha sempre alguém de sua confiança, porque assim como o contador, um bom despachante pode significar um enorme ganho financeiro ou uma dor de cabeça gigante.
No Brasil a utilização de um Despachante Aduaneiro também é obrigatória.

Mais informações no link: 

3) Verifique as exigências para importação
Antes de iniciar sua busca por fornecedores, é importante verificar com o despachante aduaneiro quais os impostos que deverão ser pagos sobre a importação, se há necessidade de certificações especiais (INMETRO, ANVISA, Ministério do Trabalho, etc) e se o seu produto pode realmente ser importado.

Lembre-se que se a certificação é realmente importante e, dependendo do certificado, na maioria das vezes, você precisará arcar com o custo de homologação no Brasil, já que é muito dificil encontrar um fornecedor certificado. Tenha bastante cuidado, desconfie de fornecedores que dizem possuir esses certificados e faça todas as verificações antes de fechar qualquer negócio.

4) Faça um estudo do mercado chinês
Depois que você entendeu o processo de importação no Brasil, poderá iniciar a pesquisa e contato com fornecedores chineses.

O ideal é ter as seguintes informações em mãos:
- Conhecimento dos principais exportadores chineses
- Valores reais praticados no país
- Entender um pouco da realidade e da cultura de negócios chinesa
- Ter informações detalhadas do produto que quer importar (fotos, especificações técnicas, etc.)
  
5) Analise a viabilidade econômica do seu projeto de importação
Com as cotações e informações recebidas pelos fornecedores chineses, você deve contatar o Despachante Aduaneiro para fazer o cálculo de nacionalização do produto (impostos, taxas, frete, seguro, etc). Desta forma terá a confirmação da viabilidade econômica ou não da importação.
Leve em consideração que ao comprar da China você precisará investir constantemente em auditorias de fábricas e inspeções de produção e produto.

6)  Faça uma auditoria de fábrica
Após verificar a viabilidade da sua importação e selecionar os fornecedores que mais lhe agradaram, é indispensável realizar auditorias, principalmente tratando-se de um mercado como China.

Basicamente a auditoria de fábrica tem como propósito:
- Verificar as condições físicas do fabricante
- Capacidade de produção
- Documentação do fornecedor

7) Solicite amostras

Dependendo do tipo do seu produto, indicamos solicitar amostras ao fornecedor para verificar a qualidade do material, antes de fazer o pedido.

Assim você terá uma noção do tipo de produto que este fornecedor produz, podendo inclusive dar sugestões de melhorias.

Fique atento ao procedimento que o fornecedor irá utilizar para enviar as amostras e não autorize nada antes de consultar seu despachante!

8) Feche o negócio
Com todas as informações anteriores é o momento de fazer o pedido.
Após negociar os termos e condições, você deve solicitar a fatura de pagamento ao fornecedor (Proforma Invoice – PI). Antes de efetuar o pagamento, revise com atenção o documento enviado para ter certeza que todas as informações estão certas.

Mais uma vez vale a dica que todo cuidado é pouco, o fornecedor chinês costuma enviar documentos errados, às vezes com caracteres chineses (quando deveriam ser em inglês) ou simplesmente não enviam o que você solicitou. Este documento deve estar de acordo com as leis brasileiras, pois é a prévia da Fatura Comercial (Commercial Invoice – CI).

9) Agende as inspeções
Para garantir a qualidade do seu produto, é importante a realização de inspeções de produção e produto.

Existem diferentes tipos de inspeções desde o início da produção ao embarque da mercadoria, e fazer inspeções  é a única forma real de saber como seu pedido está sendo produzido.

Nunca é demais lembrar que, em se tratando do gigante asiático, infelizmente não dá pra confiar simplesmente no resultado da auditoria de fábrica. Se você precisa de um produto de alta qualidade, inspecione, inspecione e inspecione.

Quase 100% dos problemas de qualidade tem origem na alta confiança depositada pelo cliente brasileiro no fornecedor chinês, dispensando as inspeções e julgando estas como custos.

10) Contrate o frete e o seguro da sua mercadoria
Com a produção finalizada você deve entrar em contato com um agente de carga para contratar o serviço de frete, que é o transporte da sua mercadoria até o Brasil.

O seguro pode ser contratado com o agente de carga ou diretamente com uma seguradora.
A  utilização dos procedimentos fica a seu critério, podendo tê-las como base para seus processos de importação daqui em diante.

Deixe-nos saber se sua empresa utiliza algum processo diferente, e compartilhe suas impressões a respeito desse artigo.


Bons negócios!


Para mais informações:


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