quinta-feira, 14 de março de 2013

Indústria paranaense é a que mais cresceu no País em janeiro

Produção teve alta de 11,3% em relação à dezembro de 2012, mas setor ainda está "no vermelho"


Ricardo Chicarelli/28-02-2013
Produção de móveis foi um dos destaques positivos da indústria doParaná, registrando alta de 26,2% em janeiro deste ano em comparação ao mesmo mês de 2012
A produção industrial do Paraná apresentou crescimento de 11,3% em janeiro em relação a dezembro de 2012 e com isso começa uma lenta recuperação das perdas registradas em 2012, quando o setor teve queda de 4,8%. A grande expectativa é que este movimento ascendente se confirme. Apesar de ter conseguido atingir o maior crescimento do País em janeiro na comparação com o último mês de  2012, o Paraná apresentou resultados negativos em todas as outras comparações.
Em janeiro deste ano, comparado com o mesmo mês do ano passado, a queda na produção foi de -3,9% e nos últimos 12 meses terminados em janeiro, a redução foi de -5,5%, o que mostra que a indústria se mantém ''no vermelho''. ''Esperamos que a recuperação de janeiro se confirme nos próximos meses'', disse o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) Roberto Zurcher. Segundo ele, um dos aspectos que pode contribuir para isso é a safra maior prevista para este ano.

Segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cinco das 14 atividades pesquisadas tiveram queda na produção. O principal impacto negativo veio do setor de edição e impressão (-42,9%), pressionado pela menor produção de livros, brochuras e impressos didáticos.

Também foi registrada redução na produção de máquinas e equipamentos (-9,5%) e celulose, papel e produtos de papel (-5,3%), influenciados principalmente pela menor produção de máquinas para a indústria de panificação, máquinas para colheita e refrigeradores ou congeladores para uso doméstico e caixas ou outras cartonagens dobráveis de papel-cartão ou cartolina, respectivamente.

Zurcher disse que a queda de -3,9% registrada em janeiro também pode ser explicada porque a economia estava mais acelerada no mesmo mês de 2012. Segundo ele, o setor de edição e impressão oscila muito e, em dezembro do ano passado, teve um pico de produção.

O economista explicou que a queda do setor de máquinas foi provocada porque as empresas diminuíram o volume de investimentos. Além disso, com a quebra de safra no Paraná, a compra de maquinário na agricultura foi menor. Zurcher disse que a redução em celulose e papel mostra a queda da atividade industrial como um todo. Segundo ele, este setor funciona como um termômetro da economia, já que a produção menor de embalagens, mostra que a indústria diminuiu a produção. No Paraná, a redução nas exportações de papel foi de quase 1%.

As performances mais expressivas na produção industrial paranaense no comparativo de janeiro de 2012 e o mesmo mês deste ano aconteceram nos segmentos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (77,1%), veículos automotores (61,4%), móveis (26,2%), bebidas (8,3%), alimentos (7,4%) e madeira (5,5%).

O resultado de veículos foi impulsionado pela maior produção de caminhões e caminhão-trator para reboques e semirreboques. Zurcher disse que os juros menores para financiamento de caminhões pode ter motivado a produção.

Ele acredita que a indústria paranaense deve fechar 2013 com um nível de atividade mais elevado do que no ano passado e, possivelmente, com percentual positivo. Conforme Zurcher, janeiro ainda é pouco para fazer uma projeção de crescimento mais realista para o ano. Ele acredita que, só em julho, a produção deste ano empate com a de 2012.

Fonte: Folha de Londrina

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