
 O setor aéreo foi o último a integrar a lista de gargalos da 
infraestrutura nacional. Como a maioria das importações e exportações 
era feita via portos, os problemas demoram a aparecer no setor de cargas
 dos aeroportos. Da mesma forma, os investimentos na expansão dos 
terminais não eram prioridades.
 Mas, com o aumento no volume de importações nos últimos anos, os 
terminais entraram em colapso. Os problemas são semelhantes aos dos 
portos: faltam áreas de armazenagem, instalações (câmaras refrigeradas) 
para produtos especiais e mão de obra suficiente para liberar as 
mercadorias dentro de padrões internacionais.
 Em meados de 2010, o Aeroporto de Guarulhos, considerado o principal 
gargalo do setor, sofreu graves problemas por causa da falta de espaço 
no terminal. Na ocasião, as cargas foram armazenadas ao relento, no 
pátio, ao lado dos aviões. Ao ficarem expostas ao sol ou à chuva, muitas
 mercadorias foram danificadas.
 Depois desse episódio, a Infraero rapidamente tirou do papel um novo 
terminal de cargas. Desde então, os problemas diminuíram. Isso não 
significa, entretanto, que esteja adequado às necessidades do País. Uma 
das principais deficiência - e isso vale para todos os aeroportos - é a 
falta de tomadas suficientes para atender o crescente aumento das cargas
 refrigeradas.
 Com a privatização dos aeroportos, iniciada por Guarulhos, Viracopos e 
Brasília, espera-se que os terminais de carga também sejam beneficiados 
por investimentos e projetos de modernização.
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