terça-feira, 7 de maio de 2013

Presidente egípcio traz empresários para negociar com brasileiros a partir desta 4ª feira

O presidente do Egito, Mohamed Morsi (foto), visita o Brasil esta semana acompanhado de uma delegação empresarial. Na manhã desta quarta-feira (8/5), os empresários egípcios participam de uma rodada de negócios com companhias brasileiras na Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo.
 
De acordo com o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, vão participar de 25 a 30 empresas egípcias “interessadas em exportar, importar e formar parcerias estratégicas” em setores como autopeças, agroindústria, cimento, educação, energias renováveis, fertilizantes, gás natural, investimentos, reciclagem, siderurgia, informática, telecomunicações, entre outros.

O evento vai ocorrer das 09 às 14 horas e as inscrições estão abertas para companhias brasileiras que queiram participar (ver detalhes abaixo). 

“É uma oportunidade para alavancar ainda mais o comércio e para conhecer os novos players do mercado egípcio”, destacou Alaby. A organização é da Câmara Árabe e do Escritório Comercial do Egito em São Paulo.

Morsi foi o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito após 30 anos de regime de Hosni Mubarak, que renunciou em 2011 em meio aos protestos da Primavera Árabe. 


Entre os principais desafios do mandatário que assumiu em meados do ano passado está a estabilização socioeconômica de seu país. Nesse sentido, a visita ao Brasil terá foco importante nas questões políticas e sociais.

O porta-voz do governo egípcio, Ehab Fahmy, disse recentemente à agência de notícia oficial do país árabe, Mena, que o objetivo da viagem é fortalecer os laços nas áreas comercial, econômica, industrial e para atrair mais investimentos brasileiros.
O presidente vem acompanhado de vários de seus ministros, de pastas como as das Relações Exteriores, Investimentos, Cooperação Internacional, Energia, Ação Social, Agricultura e Abastecimento.


O Brasil será o último integrante do grupo Brics visitado por Morsi, que já esteve na Rússia, Índia, China e África do Sul, os quatro outros membros. Em entrevista a um jornal indiano em março, o presidente disse que espera que um dia o Egito venha a fazer parte do bloco, criando o “E-Brics”.

Neste período pós-revolucionário, o Egito luta contra a desvalorização da moeda, a libra, a redução das reservas internacionais e o desemprego. 

Nesse sentido, a atração de recursos externos é uma prioridade. Nos últimos meses, o país conseguiu auxílio financeiro de outras nações e negocia um crédito de US$ 4,8 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Egito alterna com os Emirados Árabes Unidos a posição de segundo principal destino das exportações brasileiras ao mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita. 

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as vendas do Brasil aos egípcios renderam mais de US$ 2,7 bilhões no ano passado, um crescimento de 3,35% em relação a 2011. 

Os principais itens embarcados foram açúcar, carne bovina, milho, minério de ferro, carne de frango, fumo, trigo, chassis com motor para veículos, motocompressores e gado em pé.

Na outra mão, o Egito foi o oitavo maior fornecedor do Brasil entre os países árabes no ano passado, com US$ 251,5 milhões em negócios. 

Os principais itens da pauta foram ureia, superfosfato, pneus, vidro, chapas de polietileno, aparelhos de barbear, cimento, algodão e fios de algodão, parafina e produtos médicos.

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