Se
 até o tempo das caravelas os tonéis reinavam como padrão de embalagem 
das mercadorias 
        transportadas no mundo, a partir da Revolução Industrial e 
principalmente no século XX surgiu a necessidade de um novo padrão, mais
 
        adequado às novas necessidades do transporte multimodal: o 
contêiner, inicialmente chamado de cofre-de-carga, e também conhecido em
 
        outros idiomas como container, contentor, contenedor.
            Primeiro conteiner de 20 pés em testes no terminal de conteineres do 
            porto santista, às vésperas de sua inauguração em 30/8/1981, enquanto o navio Lloyd Virginia atracava
Foto: O Estado de São Paulo/Marinha Mercante, 1/9/1981, arquivo Novo Milênio
Foto: O Estado de São Paulo/Marinha Mercante, 1/9/1981, arquivo Novo Milênio
Convencionou-se 
dizer que o avião, as telecomunicações e a internet viabilizaram 
a globalização ao derrubar fronteiras e encurtar distâncias. 
Do ponto de vista do comércio mundial, no entanto, nenhuma invenção 
teve mais impacto do que o contêiner – aquela grande caixa metálica 
com tamanho padronizado internacionalmente que pode transportar, por trens, navios 
e caminhões, produtos tão distintos como grãos de café 
e iPods. Os contêineres são uma espécie de herói esquecido 
da globalização, e não é difícil entender por 
quê. Há cinqüenta anos, encher um navio cargueiro com mercadorias 
levava até uma semana de trabalho ininterrupto. A tarefa exigia centenas 
de estivadores, que, sindicalizados, transformavam os portos em centros de roubalheira 
e ineficiência – ambiente retratado nas telas pelo clássico 
Sindicato de Ladrões (On the Waterfront), de 1954, do cineasta Elia 
Kazan. Graças aos contêineres, com dimensões padronizadas 
há quase quatro décadas, um trabalhador, operando uma grua computadorizada 
com seu joystick, faz o mesmo serviço num único dia sem a ajuda 
de estivadores. O impacto no comércio foi irreversível. O custo 
do frete caiu de 20% para 1% do valor final da mercadoria – uma queda de 
95%. Os portos viram sua produtividade avançar rapidamente a partir de 
1970 e ajudaram a deslanchar o comércio global – as exportações 
mundiais cresceram 500% de 1980 para cá.  

Transteiner Bardella sobre trilhos 
            instalado pela Portobrás no cais de Capuaba 
(porto de Vitória/ES), então sendo instalado (cerca de 1985)
Foto: Cia. Docas do Espírito Santo (Codesa)
(porto de Vitória/ES), então sendo instalado (cerca de 1985)
Foto: Cia. Docas do Espírito Santo (Codesa)
A 
caixa que encolheu a Terra 
Contêiner, container, contentor, contenedor...  

Bela Matéria!! Vc vê que nós não andamos quase nada desde a inauguração...é por isso, que nós precisamos de uma chacoalhada nesse processo de arrendamento dos portos no Brasil.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMuito obrigado pelo retorno Joao!
ExcluirCom certeza, já nos acostumamos tanto com a operação atual que nao lembramos que bem pouco tempo atras era tão diferente. Infelizmente a infraestrutura brasileira ainda nao acompanha esta evolução! Mas estamos no caminho...
Sugestoes de pauta sao muito bem vindas!
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