Após privatização, aeroportos usam apenas 28% dos funcionários da Infraero
Apenas 28% dos funcionários da Infraero nos aeroportos de Guarulhos
(SP), Viracopos (SP) e Brasília migraram para as concessionárias
privadas.
Mesmo com o acordo que garantiu estabilidade até 31 de dezembro de 2018
para quem optasse pela iniciativa privada, 1.801 funcionários, de um
total de 2.511 que trabalhavam nos três aeroportos, vão permanecer nos
quadros da estatal.
Há ainda cerca de mil funcionários da estatal com a situação por
definir. A previsão da Infraero é que até agosto de 2014 a integração
esteja totalmente concluída.
Alguns funcionários estão fazendo cursos de capacitação em universidades
em Guarulhos e Campinas para serem absorvidos em outras funções. A
estatal diz que também pretende reduzir o número de terceirizados para
absorver funcionários. Estagiários tampouco devem ter seus contratos
renovados.
A Infraero tem 13.938 funcionários de carreira, contratados sob o regime
CLT, distribuídos entre Brasília, nove escritórios regionais e 63
aeroportos.
Modelo de concessão de aeroportos no Brasil é aceitável, diz empresa alemã
A operadora de aeroportos alemã Fraport acredita que o modelo de
concessão de aeroportos desenvolvido pelo governo do Brasil é "aceitável
e bem elaborado", segundo Robert Payne, porta-voz da companhia.
Se tiver sucesso em sua proposta, o consórcio do qual participa a
Fraport pretende usar financiamento próprio e empréstimos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para pagar os
investimentos, afirmou Payne. As informações são da Dow Jones.
Privatização de três aeroportos brasileiros rende R$ 24,5 bilhões
Cumbica, em Guarulhos, Viracopos, em Campinas, e o
Aeroporto de Brasília transportam 30% dos passageiros e 57% da carga
aérea do Brasil.
O maior valor foi pago pelo Aeroporto de Guarulhos. Mais de R$ 16
bilhões - um acréscimo de 373% sobre o valor mínimo. O vencedor foi o
consórcio Invepar, formado por fundos de pensão brasileiros em sociedade
com a sul-africana ACSA. Em 20 anos de concessão, os investimentos
terão de ser de R$ 4,6 bilhões. A primeira obra será um novo terminal
para 7 milhões de passageiros.
(Fonte)
Trabalhadores da aviação repudiam privatização dos aeroportos
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT
(Fentac/CUT) e seus sindicatos filiados são contrários à privatização
dos aeroportos da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária) e apoiam as iniciativas judiciais que visam impedir o
leilão de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília –
os maiores e mais lucrativos do país – previsto para o dia 6 de
fevereiro.
Juntos, eles respondem por 30% do fluxo de passageiros e 57% da carga
movimentada no país, e de janeiro a setembro de 2011, registraram 40
milhões de embarques e desembarques de passageiros.
Permitir essas concessões é abrir mão da Infraero, de uma das maiores
empresas de infraestrutura aeroportuária do mundo, que executa desde a
terraplanagem para a construção de pistas de pouso até o próprio
controle aéreo dos aeroportos. E tudo isso para quê? Não temos
capacidade de gestão para fazer as mudanças necessárias para dar conta
da ampliação da demanda do Transporte Aéreo brasileiro? Se o BNDES pode
emprestar 80% para o setor privado, por que não o faz para a Infraero?
O estímulo do BNDES à desnacionalização é uma aberração e uma imoralidade financeira que precisam ser barradas pela Justiça.
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