A
 eleição do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo para o cargo de 
diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) poderá fazer com 
que algumas questões que travam a Rodada Doha possam avançar. 
  
 A avaliação é do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro (foto). 
  
 “É a oportunidade que
 nós temos de fazer com que alguns assuntos que estão travados no 
mercado internacional possam movimentar um pouquinho, pela competência 
dele, pela experiência”, disse. 
  
O presidente da AEB admitiu, no 
entanto, que Roberto Azevêdo encontrará dificuldades para conseguir esse
 avanço, tendo em vista que o mundo econômico passa por um período de 
retração, claramente protecionista. 
“Com Roberto, a gente tem uma luzinha 
de possibilidade de alguma coisa avançar. Ele tem muita capacidade de 
buscar uma solução de expansão do comércio. Acho que a escolha foi 
ótima, sob todos os aspectos”, ressaltou.
A opinião é compartilhada pela 
economista Sandra Polonia Rios, professora de política comercial da 
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e diretora do Centro 
de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes). 
Ela considerou a eleição de Roberto Azevêdo surpreendente e muito boa.
“Surpreendente porque a disputa estava 
muito acirrada. Pelas qualidades pessoais, Roberto tinha grande chance. 
Tem muito envolvimento com as questões da OMC”, disse. Para o comércio 
exterior do Brasil, é extremamente positivo ter um brasileiro no comando
 da OMC, ressaltou Sandra Polonia. 
“Porque aumenta o compromisso do país com as regras internacionais”, completou.
A economista disse ainda que o fato de o
 governo federal ter feito campanha para que o embaixador Azevêdo fosse 
escolhido amplia o compromisso do Brasil em contribuir para fazer a 
Rodada Doha avançar e para que a agenda multilateral de comércio seja 
privilegiada.
A Rodada Doha, conhecida como Rodada do
 Desenvolvimento, é uma mesa de negociação entre mais de 100 países em 
busca de acordos que favoreçam a liberalização econômica. 
O ciclo de negociações teve início no Catar, em novembro de 2001, durante a 4ª Conferência Ministerial da OMC.
 Programada para acabar em 2005, a 
Rodada Doha ainda se estende até os dias atuais, devido a impasses entre
 os blocos negociadores. Sua motivação inicial objetivava a abertura de 
mercados agrícolas e industriais com regras que favorecessem a ampliação
 dos fluxos de comércio dos países em desenvolvimento. 
 
 
 
Fonte: Agência Brasil  
 | 
Nenhum comentário:
Postar um comentário