Os produtos brasileiros mais comprados neste primeiro trimestres foram açúcares e produtos de confeitaria, carnes e miudezas comestíveis e minérios. Esses três conjuntos de mercadorias representaram cerca de 75% das exportações brasileiras para a Liga que, segundo o gerente de negócios e mercados da CCAB, Rodrigo Solano, tem uma importação per capita maior que a média mundial. Os principais destinos das exportações brasileiras dentro desses grupos de nações, no primeiro trimestre, foram Arábia Saudita com 21% de todo valor exportado, Emirados Árabes com 18,7 % do total e Egito 14,8%.
A Câmara tem realizado um trabalho para que a gama de produtos 
oferecidos se diversifique, segundo o gerente, os setores de produtos 
alimentícios, moda e construção civil são promissores "temos que 
investir em um diferencial, em um produto que só nós [brasileiros] 
podemos fabricar", completou.Especificamente para o campo de confecções o gerente afirma que existe uma ideia errada de que a moda nesses países não podia ser rentável pois as mulheres usam burcas mas por baixo das vestimentas tradicionais elas usam e gostam de "aquilo que tem marca e conceito", disse.
Uma das ações para a diversificação desta pauta é um encontro que acontece no final deste mês (28 e 29 de maio) "é uma missão oficial do governo dos Emirados Árabes que deve trazer diversos produtores de ferramentas, equipamentos médicos, artigos para hotéis, equipamentos elétricos". O evento acontecerá na sede da entidade e segundo Solano é uma oportunidade para empresas brasileiras, que importam desses países e que buscam outras fontes possam encontrar nos Emirados uma alternativa.
A Câmara, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e
 com a embaixada do Brasil no Líbano estará no país árabe em junho para 
participar da feira Project Lebanon que contará com 14 empresas 
brasileiras expositoras.O gerente explica que "os países árabes tem uma dependência muito grande da industria de petróleo mas começaram a diversificar os setores investindo em turismo e construção civil". Dos produtos importados pelo Brasil, provenientes desses países, se concentram os combustíveis minerais que representaram cerca de 85% do total.
A instabilidade política da região, devido a queda dos ditadores da Síria e do Egito e os levantes na Tunísia já parece estar mais controlada. Em relação ao comércio, segundo Solano "todo o processo de estabilização política tende a melhorar o cenário de comércio exterior . Como exportamos muitas commodities as exportações tendem a sofrer um impacto bem menor que os bens de consumo. Setores mais supérfluos tem mais impacto, as commodities são produtos de extrema necessidade".
Certificados Iraquianos
No início do ano passado o Iraque passou a exigir certificados para atestar a qualidade de produtos importados no país. As empresas autorizadas a fornecer os documentos eram as auditorias Bureau Veritas e a SGS. Atualmente o contrato com essa última foi fechado e por seis meses o governo do Iraque irá emitir a certificação, portanto, todas as mercadorias importadas passarão por inspeção no órgão responsável do Ministério da Indústria e Mineração, com exceção das que seguirem com certificação emitida pelo Bureau Veritas, que mantém a prestação do serviço.Com esta medida, segundo dados da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque os produtos brasileiros serão exportados sem o custo adicional da contratação da auditoria. Isso reduz de 1% a 3% em custo e em 10 dias de burocracia. Segundo o vice-presidente da Câmara, Jalal Chaya essa mudança irá facilitar a importação brasileira para o Iraque "o fluxo de comércio já começou a aumentar. O Iraque é o 5º maior importador do Brasil, a posição dele é significativa", completou.
Uma outra ação comentada por Chaya é a reabertura para facilitar a reação entre os dois países é a reabertura da embaixada brasileira em Bagdá, que ocorreu no início do ano.
Fonte: DCI
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