Depois de cinco anos sem 
movimentar suas cargas com navios próprios no Porto de Paranaguá, a 
Evergreen, um dos quatro maiores armadores de contêineres do mundo, 
retomará suas atividades no terminal paranaense a partir do dia 17 de 
junho. O retorno do armador, segundo o gerente de Operações da Agência 
de Vapores Grieg, empresa que representa a Evergreen no Brasil, Jean Fam
 Filho, é resultado de uma demanda do mercado externo e de qualidades 
técnicas encontradas no Porto de Paranaguá.
A
 companhia de Taiwan tem a maior parte de suas operações dedicadas ao 
Extremo Oriente, atendendo cerca de 30 portos em atividades específicas 
de transbordo. “Temos um grande mercado e nossos clientes precisavam de 
mais uma opção para movimentação de suas cargas. Paranaguá foi a 
alternativa escolhida em função de ser um porto forte para as 
exportações de contêineres e porque atende a quesitos como velocidade 
nas operações e menor custo, que em um momento de crise, como o que o 
mundo passa, são essenciais”, declarou Fam.
O serviço denominado “ESA” (sigla
 de East South America) inclui quatro portos chineses, além dos portos 
de Cingapura, Montevidéu, Buenos Aires, Santos e agora Paranaguá. A 
escala das embarcações será semanal com a movimentação de cerca de 350 
contêineres, entre importação e exportação. A expectativa é que nove 
navios sejam disponibilizados para essas operações. “Dependemos apenas 
da confirmação de nosso parceiro comercial, que possui três embarcações.
 Mas podemos adiantar que seis navios da Evergreen estão confirmados”, 
afirmou.
Produtividade
Além do “ESA”, o serviço “Samex”, do 
armador Maersk, começará suas atividades no dia 16 de junho. Ambos 
utilizarão o sistema de janelas públicas de atracação, implantado pela 
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) há dois anos. 
Com o sistema, as embarcações têm suas operações sistematizadas de forma
 a garantir, entre outros fatores, produtividade e assiduidade na 
movimentação de contêineres.
A dinamarquesa Maersk, líder 
mundial em transporte marítimo de cargas em contêineres, dará 
continuidade a uma rota já existente e que passará a contar com o Porto 
de Paranaguá a partir do próximo mês. A linha inclui portos da Europa, um porto do norte da África e os portos brasileiros de Paranaguá, Itajaí e Santos.
“Essa linha já existia e foi 
reformulada para incluir o Porto de Paranaguá. A nova configuração foi 
feita em função dos volumes de cargas movimentadas pelo porto e pela sua
 importância no comércio exterior”, disse o representante da Maersk, 
Aldo Silva.
A empresa ainda não confirmou os volumes
 a serem movimentados, mas antecipou que o potencial de cargas entre os 
terminais será equivalente, com predominância para a exportação. 
“Inicialmente, as operações serão quinzenais, mas a intenção é passarmos
 a atracações semanais assim que houver a retomada da economia mundial 
afetada pela crise econômica”, comentou Silva.
No ano passado, o Porto de Paranaguá 
movimentou 604.690 TEUs (twenty-foot equivalent units) – medida 
internacional que equivale a um contêiner de 20 pés -, entre importação e
 exportação, volume recorde dos últimos quatro anos e que o elevou à 
vice-liderança no segmento entre os portos brasileiros. Neste ano, entre
 janeiro e 26 de maio, foram movimentadas mais de 210 mil TEUs, com 
pequena vantagem para as exportações que alcançaram neste período quase 
115 mil TEUs.
Nesta quinta-feira (28), os navios 
“Aliança Ipanema”, de bandeira brasileira, e “Santa Cristina”, de 
bandeira liberiana, estão atracados no Terminal de Contêineres de 
Paranaguá (TCP), realizando operações de carga e descarga de produtos, 
ambos com destino ao Porto de Santos.
Fonte: AEN
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