sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Exportações perdem quase US$ 9 bilhões com queda de preços



Foto: Reprodução
Chega a quase US$ 9 bilhões a perda do Brasil com a queda nos preços internacionais de 19 dos principais produtos de exportação brasileiros – principalmente minério de ferro, produtos químicos, carnes e material de transporte.
Sem o forte impacto da crise econômica mundial sobre os preços dos produtos, o país teria registrado aumento – e não redução – no valor das exportações feitas entre janeiro e agosto, segundo constatou o Ministério do Desenvolvimento.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, diz que o governo espera que o recém-anunciado pacote de investimentos na China tenha reflexos positivos sobre os preços, e o desempenho exportador.
“É emblemático: a queda de preços de produtos como o minério de ferro está muito associada à crise econômica”, comentou Tatiana. “Do total que o Brasil deixou de exportar pela queda de preço, 61% foram por causa do minério de ferro”, disse a secretária, ao Valor.
Em 2012, de janeiro a agosto, as exportações de minério de ferro do Brasil foram 23% inferiores ao valor do mesmo período do ano passado, embora, em volume, a queda nas vendas tenha sido de menos de 3%.
Mesmo o milho, que teve recuperação nas cotações devido à seca nos Estados Unidos, ainda teve, nos primeiros oito meses de 2012, preços 3% abaixo da média do mesmo período de 2011.
Entre os produtos que tiveram maior queda na média de preços, quando comparados os patamares dos primeiros oito meses de 2011 e de 2012, estão o trigo (-17%), fumo (-9%) calçados (-8%), papel e celulose (-7%) e couros e peles (-7%).
Com a greve de servidores ligados à Receita Federal e à vigilância sanitária, que impediu embarques e desembarques e também provocou danos ao comércio exterior, o governo procurou um parâmetro para isolar e identificar fatores responsáveis pelos obstáculos externos ao melhor desempenho das vendas externas neste ano.
A queda de preço foi identificada como o melhor parâmetro, por não ser influenciada pelas greves no Brasil, embora, em alguns casos, possa responder a movimentos específicos de mercado.
A lista de produtos com maior perda em preço mostrou que foram mais afetados exatamente os produtos que refletem a queda na demanda mundial provocada pela crise.
Foram separados 35 grupos de produtos e os técnicos calcularam quanto teria sido o resultado se mercadorias com queda nos preços neste ano tivessem mantido os mesmos preços de 2011. Dos principais produtos da pauta de exportação, 19 estão com preços em queda.

Com base nos volumes exportados de janeiro a agosto de 2012, os técnicos calcularam que o Brasil teria obtido US$ 8,8 bilhões a mais, se esses preços permanecessem os mesmos de 2011.
Com esse acréscimo, as exportações de janeiro a agosto de 2012 teriam somado US$ 169,4 bilhões. A “perda” com a queda dos preços equivale a 5,5% de todas as exportações realizadas entre janeiro e agosto deste ano. “Sem essa ‘perda’, no lugar de uma queda de 3,7%, teríamos um aumento de 1,6% no total das exportações”, comparou Tatiana Prazeres.
As estatísticas mostram “espasmos” na entrada e saída de alguns produtos pelas alfândegas, o que, reconhecem os técnicos, é reflexo da retenção de mercadorias provocada pela greve dos funcionários.
As dificuldades no cenário externo não impedem, porém, que algumas mercadorias tenham aumento nas vendas, em volume e preço, como com o chamado complexo soja (grãos, farelo e óleo), que teve aumento de 5,6% no preço e 14% na quantidade vendia.
Os produtores anteciparam as exportações no primeiro semestre aproveitando os preços elevados pelas incertezas da produção nos EUA.
Algumas situações particulares, vinculadas a esforços do governo e do setor privado para a conquista de mercados, contrabalançaram os fatores negativos, como foi o caso da exportação de bovinos vivos, que aumentou 60% nos primeiros oito meses do ano, em comparação com igual período de 2011, e chegou a US$ 413 milhões graças à elevação do preço em 14% e no volume exportado, em 40%.
Um único país explica esse resultado: a Venezuela, que incentiva a compra de gado no Brasil para abastecer o mercado local, antes dominado pelos fornecedores colombianos.
A recuperação das culturas brasileiras de algodão, com investimento em variedades de maior qualidade, permitiu que o país aumentasse em quase 150% o volume de vendas ao exterior, especialmente para países asiáticos como China, Indonésia e Coreia do Sul e registrasse um crescimento de quase 130% no total das exportações, apesar da queda no preço, de 7%.
O segundo principal item de exportação da pauta brasileira, o petróleo, teve alta nas cotações no começo do ano mas também teve preços abatidos pelo desânimo da economia mundial, com acúmulo de estoques do produto, nos últimos meses.
Ainda assim, os preços nos primeiros oito meses de 2012 estão 4,3% acima do patamar do mesmo período de 2011. Nesse caso, a queda nas exportações brasileira se deve à redução de volume, devido à diminuição da produção no país e o aumento do consumo.
Entre os produtos que tiveram aumento nos volumes embarcados devido ao aumento na produção brasileira ou à abertura de novos mercados, estão as carnes, que sofreram queda de mais de 5% nos preços, mas aumento de 3% nas vendas, devido principalmente ao fim de restrições sanitárias em alguns países.
As exportações de fumo, que somaram US$ 2 bilhões de janeiro a agosto, tiveram aumento de 16% em valor, apesar da queda nos preços internacionais, de quase 9%. A explicação para o aumento da demanda está no esforço internacional, motivado pelo combate ao câncer, para reduzir as plantações da folha, que não foi acompanhado pelo Brasil.

Fonte: Valor Econômico, Por Sergio Leo

17 setembro de 2012 às 12:33 pm

Publicado em Agencia1: http://agenciat1.com.br/?p=34806

França avalia suspender importação de milho geneticamente modificado





Paris, 19 - O governo da França pediu nesta quarta-feira que a Agência Nacional de Segurança Sanitária do país (ANSES, na sigla em francês) avalie se o consumo de uma variedade de milho geneticamente modificada é seguro. Estudos com ratos indicaram que o NK603, como o produto é identificado, pode estar associado ao desenvolvimento de câncer. Se for comprovada essa relação, o governo francês já afirmou que vai exigir da União Europeia (UE) a suspensão de importações desse tipo de milho.


O NK603 é produzido pela companhia de agronegócios norte-americana Monsanto. A filial da empresa na França disse que "ainda é muito cedo para comentar o caso, pois são necessários estudos mais aprofundados". O produto havia sido liberado para consumo na Europa em 2009, quando um painel da Agência de Segurança Alimentar Europeia (EFSA, na sigla em inglês) concluiu que o NK603 é "tão seguro quanto um milho convencional". As informações são da Dow Jones.

Fonte: Agencia Estado

Publicado em Milk World: http://www.milkworld.com.br/noticias/post/franca-avalia-suspender-importacao-de-milho-geneticamente-modificado

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Primeira Navegação Astronómica Aérea

 
2283


Faz  91 anos no dia 22 de Março de 1921, que pela primeira vez, a bordo dum avião, se determinou sua posição (o ponto) por via dos astros. E fizeram-na portugueses.
Nesse dia levantou voo, do rio Tejo, o hidroavião “Felixtowe F.3” com quatro aviadores famosos; três portugueses, o Capitão de Mar e Guerra Gago Coutinho, o Capitão Tenente Sacadura Cabral e o 1º Tenente Ortins Betencourt e um françês o mecânico Robert Subiran.
Aquele hidro saiu da doca do Bom Sucesso, correu rio abaixo, e pelas 1025 levantou vôo iniciando a viagem rumo à Madeira onde amarou na baia do Funchal cerca da 1715.
A amaragem foi acidentada, tendo a nave capotado e inclinado perigosamente começando a afundar-se.
O tenente Ortins Betencourt, ou pela pronta decisão por ser o mais jovem, ou por melhor posicionamento, de pronto saiu da carlinga e trepou para o extremo da asa que se elevava perigosamente, fazendo retomar o equilíbrio do hidro evitando o seu possível afundamento e permitindo o salvamento dos companheiros de vôo pelas embarcações locais, que de pronto acorreram.
Foi nessa viagem que pela primeira  vez, em todo o Mundo, se utilizou um sextante -  com adaptação de horizonte artificial, um invento de Gago Coutinho – para determinar a posição dum avião em vôo. Nessa data a aviação comercial tentava cruzar os grandes oceanos.
A viagem Lisboa-Funchal constituiu o teste (incluindo a observação astronómica com o sextante de horizonte artificial) para a grande travessia aérea do Atlântico Sul efectuada em 1922, iniciada então num hidro mais pequeno, apenas com dois lugares, o “Lusitânia”. Foram sacrificados Ortins Bettencourt e Robert Subiran, pela utilização dum avião mais leve e onde o peso dos aviadores preteridos seria compensado com mais combustível, a permitir a mais longa viagem.
De notar que o sextante, introduzido na navegação astronómica marítima em 1757, substituindo o octante, que por sua vez colocara de lado, um século antes, o astrolábio, foi abandonado pela navegação aérea nos anos 70  – na TAP deixou de “voar” em 1974 – e na navegação marítima nos anos 90. Alguns navios ainda mantêm a bordo os sextantes “como relíquia” mas a actual navegação é totalmente electrónica, baseada no GPS,  deixando os astros “reservados” ao céu.
O “sextante aéreo” navegou pelos astros 50 anos. O “sextante marítimo” e seus antepassados navegaram 500 anos.
Talvez o evento, que hoje recordamos, nos pareça de há muito tempo, ou quiçá nos pareça ter sido ontem, mas….

Fonte: Revista da Marinha
http://www.revistademarinha.com/index.php?option=com_content&view=article&id=2283:a-primeira-navegacao-astronomica-aerea&catid=101:actualidade-nacional&Itemid=290

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Agricultores preparam frutas para exportação no Vale do São Francisco

Hora da colheita é vital para garantir o sucesso nas vendas.
Frutas são manuseadas com cuidado para atender ao mercado externo.


Os agricultores do Vale do São Francisco preparam as safras de manga e de uva para exportação. A hora da colheita é vital para garantir o sucesso nas vendas.

Os agricultores da área irrigada do Vale do São Francisco, na região entre os estados de Pernambuco e da Bahia fazem a colheita nos pés de mangas para a exportação. Os funcionários da fazenda no município de Casa Nova, na Bahia, trabalham muito para conseguir atender as encomendas. No campo, as frutas são manuseadas com cuidado para atender o exigente mercado internacional.
Os funcionários da fazenda passam por treinamento para que nada prejudique um trabalho de meses. Os frutos que ficam nos galhos mais baixos da árvore são colhidos com as mãos mesmo, com bastante atenção. Aqueles que estão nas partes mais altas só podem ser retirados com a cestinha para evitar que a manga caia no chão, fique amassada e tenha a casca arranhada.

Por safra cada árvore produz o suficiente para carregar 20 caixotes. O produtor Mário Otsuka pretende fechar o ano com a venda de 4,5 mil toneladas da fruta. "Para esta safra nós conseguimos negociar algo em torno de R$ 6 a caixa com quatro quilos. Houve um aumento pouco significativo de aproximadamente 5% para a safra deste ano”, diz.

Para este ano, os produtores preveem exportar basicamente a mesma quantidade de 2011, de quase 100 mil toneladas. Enquanto as mangas já seguem viagem, as uvas de mesa ainda aguardam o ponto exato. Os trabalhadores fazem o acabamento para deixar os cachos uniformes.
Na região, existem 12 mil hectares destinados ao cultivo de uva de mesa. Nesta época do ano, as fruas seguem exclusivamente para o mercado externo. Houve uma pequena redução da área dos pomares, mas os produtores acham que isso não prejudica as exportações do segundo semestre.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/09/agricultores-preparam-frutas-para-exportacao-no-vale-do-sao-francisco.html

China, o grande mercado para exportações brasileiras


A China se mantém como o grande mercado para as vendas  externas do Brasil. Das exportações de soja, entre janeiro e agosto, de US$ 15,6 bilhões, mais de 70% foram para os chineses, que também absorveram um quinto do petróleo exportado e pouco menos da metade do minério de ferro. O superávit do Brasil no comércio com a China equivale a mais da metade de todo o saldo comercial brasileiro no período, de US$ 13,17 bilhões.
As exportações de minério de ferro para a China cresceram de forma ininterrupta de 2000 a 2009, quando chegaram a representar 53% do total exportado. Desde então, a parcela chinesa caiu, mas ainda tem oscilado acima de 46%.
No caso do petróleo, a decisão do governo dos EUA de buscar fora do Oriente Médio fontes mais confiáveis de abastecimento fez com que os americanos assumissem um papel mais relevante nesse comércio com o Brasil. Com isso, a China passou a absorver quantidades menores. Apesar disso, o país asiático ainda tem participação expressiva: de janeiro a agosto, comprou US$ 2,9 bilhões em petróleo, pouco mais de 20% das exportações brasileiras dessa matéria-prima.
“Não convém a nenhum país a concentração elevada das vendas a um único parceiro”, afirma a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Mas ela não considera “especialmente preocupante” o peso chinês sobre a pauta brasileira e diz que o governo tenta buscar mercados para produtos diferentes das commodities que dominam a pauta comercial. Em novembro, uma missão possivelmente chefiada pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, irá à China com 30 empresários para buscar compradores de carnes, vinhos, café e alimentos processados. “Nosso maior desafio não é desconcentrar nossas exportações em relação à China, mas diversificar a pauta com os chineses”, afirma.
Fonte: Valor Econômico
Publicado em EstatexPort: http://www.estatexport.com.br/ler_informativo.php?cd_informativo=322

Fabricantes de caminhões registram quedas de vendas em vários países

Os fabricantes de caminhões e outros veículos comerciais enfrentam crescentes empecilhos impostos pela economia mundial. A demanda por esses produtos arrefeceu na Europa, China e Brasil, e as perspectivas para o mercado anteriormente aquecido dos Estados Unidos mostram-se mais incertas.

A crise da dívida soberana da União Europeia fez com que os clientes industriais adiassem aquisições, de alto valor, de caminhões pesados, enquanto as reduções dos orçamentos públicos comprometeram a demanda por ônibus.

As vendas de caminhões também desaceleraram na China e na Índia, dois dos maiores mercados mundiais de veículos comerciais, enquanto o enrijecimento das normas de emissões e o enfraquecimento da economia fizeram o Brasil entrar em calmaria.

"Na UE... a crise do euro desencadeou uma segunda recessão do mercado de veículos comerciais e suplantou o ciclo de oito anos habitual no setor", advertiu a consultoria AlixPartners em estudo publicado na semana passada. A consultoria prevê que as vendas de veículos comerciais cairão de 15 a 20% na Europa ocidental este ano e que o nível de 2008 das vendas não voltará a ser alcançado antes de 2015.

Mesmo assim, ao apresentar pela primeira vez seus robustos produtos na feira IAA de Veículos Comerciais de Hannover, os fabricantes europeus se revelaram otimistas quanto às perspectivas de longo prazo. Eles vêm se empenhando em reduzir custos, aumentar a eficiência do consumo de combustível, a produção local e o compartilhamento de peças, enquanto aproveitam a solidez da demanda, persistente em mercados como o da Rússia. A consultoria McKinsey prevê que o mercado mundial de caminhões pesados aumentará de € 125 bilhões para € 190 bilhões até 2020.

Os fabricantes de caminhões estão bastante acostumados às flutuações cíclicas, e o desaquecimento atual é muito menos grave do que o observado durante a crise de 2008-09, a pior a atingir o setor em várias décadas. A fragilidade da recuperação afetou algumas empresas mais do que outras, de acordo com sua exposição a mercados especialmente fracos da Europa e América Latina.

A sueca Scania deverá reduzir a produção em cerca de 15% este ano, enquanto a alemã MAN - que, a exemplo da Scania, é majoritariamente controlada pela Volkswagen - anunciou congelamento das contratações em julho, após seu lucro operacional ter recuado 38% no primeiro semestre do ano. A divisão de caminhões Iveco, da Fiat, pretende fechar cinco unidades de produção na França, Áustria e Alemanha até o fim do ano. A medida afetará mais de mil funcionários.

Por seu lado, a comercialização de caminhões pela Daimler, a maior fabricante mundial desse veículo em termos de vendas, cresceu 20% nos oito primeiros meses do ano, ajudada pela elevação de 27% computada nos EUA, por uma alta de mais de 80% na Rússia e por um desenvolvimento "estável" na Europa.

Andreas Renschler, diretor da divisão de caminhões e ônibus da Daimler, reconhece que "o sol não está propriamente brilhando em todo lugar", mas diz que "o panorama geral mostra-se sólido".

As vendas de caminhões da Volvo, a maior concorrente da Daimler, caíram 3% no período de oito meses encerrado no fim de agosto, comparativamente ao mesmo intervalo do ano passado; as vendas na Europa ocidental recuaram 13%, enquanto as realizadas na América do Sul despencaram 25%.

As vendas da Volvo na América do Norte subiram 23% durante esse período, mas no segundo trimestre suas encomendas procedentes da América do Norte sofreram a queda vertical de 47%.
"Nos EUA, o sistema de varejo está se mantendo bem, mas a entrada de encomendas para os fabricantes de equipamentos originais está menor. Estamos tentando nos precaver da superprodução", disse Olof Persson, principal executivo da Volvo, ao "Financial Times" antes da feira.

O banco de investimento JPMorgan Cazenove previu uma retração de 10% do mercado de caminhões da América do Norte em 2013, corrigindo prognóstico anterior de que o setor patinaria. "Estamos mais cautelosos com a demanda dos EUA por caminhões nos próximos meses, com o amortecimento do fluxo de encomendas, a moderação do nível de atividade do setor de frete nos EUA e o enfraquecimento dos indicadores antecedentes [econômicos]", disse o analista Alexander Wright aos clientes.

Bernd Bohr, diretor do setor automotivo do conglomerado industrial e fornecedor de peças Bosch, disse ao "FT" ver "poucos impulsos de crescimento" para o setor de caminhões em 2013.

"Os investimentos chineses em construção tendem a diminuir e os Estados Unidos deverão permanecer estagnados, no melhor dos casos, após o sólido crescimento observado no país este ano", disse ele. (Colaborou Richard Milne, de Gothenburg)
Valor - 25/09/12Publicado em DataMark: http://www.datamark.com.br/noticias/2012/9/fabricantes-de-caminhoes-registram-quedas-de-vendas-em-varios-paises-133278/

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Importação de autopeça chinesa triplica


O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) vai apertar o cerco contra o comércio de autopeças, principalmente as vindas da China.

O órgão, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, está preocupado com a qualidade das peças usadas tanto na reposição quanto na fabricação de veículos.

A importação de autopeças da China praticamente triplicou de 2009 a 2011 -saltou de US$ 467 milhões para R$ 1,25 bilhão no período. Em relação a 2010, o crescimento foi de 61,5% e levou a deficit recorde de US$ 1,1 bilhão na balança comercial do setor.
Até o fim do primeiro semestre deste ano, seis importantes peças -sistemas de direção (e componentes), baterias e pneus- serão regulamentadas tecnicamente.

A partir daí, os produtos -inclusive nacionais- só poderão ser vendidos após receber o selo do Inmetro, como ocorre com alguns produtos automotivos e brinquedos.

A medida vai exigir investimentos das empresas. Segundo especialistas consultados pela Folha, os aumentos nos preços das autopeças serão inevitáveis. O setor nega que haverá aumento.

Atualmente, nove itens automotivos já são regulamentados. Até 2015, mais 11 autopeças deverão ser certificadas pelo Inmetro, entre elas buzinas e amortecedores.

"Está havendo uma entrada muito grande de autopeças no Brasil de origem duvidosa, de má qualidade e que oferecem risco ao cidadão", afirma o diretor da Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo.

Pasta de papelão
 
Segundo o assessor de segurança do Sindipeças (sindicato dos fabricantes de autopeças), Franklin de Mello Neto, o aço utilizado pelos chineses têm qualidade inferior aos usados no Brasil.


"Eles adicionam aço usado em vergalhões de construção. No Brasil, o aço cromo é o recomendado. Já as pastilhas de freio são feitas com pasta de papelão e liga."

Segundo Lobo, os testes vão incluir avaliações de impacto e resistência, entre outros, e atenderão normas internacionais que definem regras mínimas de segurança.

"Os fabricantes de autopeças nacionais e estrangeiros terão que investir para se adequar às normas e, com certeza, vão repassar os custos ao consumidor final", diz o engenheiro mecânico do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) Hiussen de Favari.

Ele afirma que a medida do Inmetro é positiva, uma vez que a entrada de autopeças da China obriga os fabricantes nacionais a baixar a qualidade dos seus produtos para ser competitivo. "O grande desafio será conciliar qualidade boa e preço. No Brasil, se o consumidor quer mais segurança, ele ainda tem que pagar a mais por isso."

O Sindipeças disse que não haverá impactos nos preços oferecidos aos consumidores. "Os custos serão diluídos e a indústria já está preparada para as exigências de qualidade", disse Mello Neto.

Segundo o assessor de segurança do Sindipeças (sindicato dos fabricantes de autopeças), Franklin de Mello Neto, o aço utilizado pelos chineses têm qualidade inferior aos usados no Brasil.

"Eles adicionam aço usado em vergalhões de construção. No Brasil, o aço cromo é o recomendado. Já as pastilhas de freio são feitas com pasta de papelão e liga."

Segundo Lobo, os testes vão incluir avaliações de impacto e resistência, entre outros, e atenderão normas internacionais que definem regras mínimas de segurança.

"Os fabricantes de autopeças nacionais e estrangeiros terão que investir para se adequar às normas e, com certeza, vão repassar os custos ao consumidor final", diz o engenheiro mecânico do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) Hiussen de Favari.

Ele afirma que a medida do Inmetro é positiva, uma vez que a entrada de autopeças da China obriga os fabricantes nacionais a baixar a qualidade dos seus produtos para ser competitivo. "O grande desafio será conciliar qualidade boa e preço. No Brasil, se o consumidor quer mais segurança, ele ainda tem que pagar a mais por isso."

O Sindipeças disse que não haverá impactos nos preços oferecidos aos consumidores. "Os custos serão diluídos e a indústria já está preparada para as exigências de qualidade", disse Mello Neto.


Fonte: Folha de São Paulo  

Na Integra: http://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/8827-importacao-de-autopeca-chinesa-triplica

ENAEX 2012 BUSCA UM COMÉRCIO EXTERIOR SUSTENTÁVEL


Há 40 anos, em 1972, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) organizava o primeiro Enaex. A sigla, que, inicialmente, se referia a evento em que se reuniam empresários e governo para tratar de temas ligados às exportações do País, mais tarde viria a designar o Encontro Nacional de Comércio Exterior, congregando representantes dos diversos segmentos partícipes de operações comerciais de exportação e de importação, de bens e de serviços, entre o Brasil e o resto do mundo.
Desde então, o Enaex, que este ano acontece nos dias 27 e 28 de setembro, no Porto do Rio de Janeiro, se fortalece como evento-marco único, de abrangência nacional e internacional, indelevelmente inscrito no calendário do comércio exterior brasileiro, a figurar nas agendas de empresas e governo, tornando-se caixa de ressonância do segmento comercial externo da economia, síntese da missão da Associação de Comércio Exterior do Brasil em prol do aprimoramento da presença do Brasil no mercado internacional.
Seguindo características originais, o Enaex vem proporcionando debates construtivos sobre temas e políticas de interesse do comércio exterior, além do exame de ações específicas junto a representantes do alto escalão do governo, sempre presentes aos encontros, em apoio aos integrantes da comunidade de comércio exterior, produzindo sugestões, invariavelmente de caráter propositivo, para solução de entraves e criação de instrumentos para melhorar a dinâmica do processo comercial externo e elevar a competitividade, mirando a crescente expressão, quantitativa, qualitativa e sustentável, da participação brasileira no comércio mundial.
Ao longo do período em que se realizaram as 30 edições do Enaex, muito se modificaram os cenários, externo e doméstico, contabilizando-se, no Brasil, saldos positivos de conquistas, de efeitos benéficos sobre o comércio externo do País, desde o contínuo trabalho da
Embrapa em prol do fortalecimento do setor agrícola nacional e o empenho do setor industrial, até o alcance da estabilização da economia, a implantação da disciplina fiscal, o processo de inserção internacional e esforço de abertura da economia e a modernização da legislação cambial, avanços consolidados e prosseguidos, até aqui, por sucessivos governos brasileiros.
Embora marcado, nos últimos anos, por taxas de crescimento abaixo do seu potencial e da necessária sustentável geração de emprego e renda, o País evoluiu, com o PIB brasileiro colocando-se entre os seis maiores do mundo.
A maior inserção internacional da economia e a evolução do PIB brasileiro, aliados ao crescimento do comércio global, permitiram ao comércio externo do Brasil evoluir dos US$ 4 bilhões de exportação e US$ 4,2 bilhões de importação, em 1972, ano do primeiro Enaex, aos US$ 256 bilhões e US$ 237 bilhões, respectivamente, em 2011. O grau de abertura da economia de 14%, em 1972, aproximou-se de 20%, no ano passado, o que ainda não indica tendência sustentável, pois está abaixo do patamar registrado em 2002 e até de anos anteriores à década de 1990. A participação brasileira nas exportações mundiais continua baixa, vis-à-vis a expressão da economia brasileira, aproximando-se de 1,5%, em 2011, o mesmo acontecendo do lado das importações.
No saldo da balança comercial, está a mais visível contribuição positiva do comércio externo do País, com superávit acumulado de US$ 306,2 bilhões, entre 2001 e 2011, após déficit acumulado de US$ 24,5 bilhões, entre 1995 e 2000. Antes, entre 1984 e 1994, a balança comercial teve superávit acumulado de US$ 140,8 bilhões.
A boa performance do valor das exportações brasileiras, todavia, não foi superior à de outros países em desenvolvimento, que, quando do Enaex de número um, exportavam menos que o Brasil. Em 1972, China exportava US$ 3,7 bilhões, contra os US$ 4 bilhões do Brasil, enquanto México e Coreia, menos da metade, e Índia, um pouco mais da metade; em 1982, as exportações chinesas, coreanas e mexicanas já ultrapassavam as dos brasileiros; em 2011, todos exportaram acima dos US$ 256 bilhões do Brasil, sendo que o fenômeno China, 7,4 vezes mais, e a Coreia, pouco mais que o dobro.
Ademais, a radiografia das exportações brasileiras mostra que - à parte o avanço de seus montantes e a construção de saldos comerciais positivos - continuam faltando ações efetivas do governo que induzam mudanças estruturais no comércio exterior brasileiro, tanto do ponto de vista da composição da pauta de exportação, quanto do ângulo das concentrações que a caracterizam.
Quanto à pauta, é conhecida a preocupação relativa ao acentuado recuo da participação dos produtos manufaturados no valor das exportações brasileiras. Nesse quesito, também não é favorável ao Brasil o comparativo com os quatro países referidos, como mostram os quadros seguintes.
Duas outras concentrações marcam as exportações brasileiras: o peso de poucas empresas na composição do valor exportado e o mesmo com relação ao destino das exportações. Esse quadro, praticamente, não se modificou, ao longo do período de quatro décadas de Enaex.
Quanto às empresas exportadoras, as 250 principais participaram, em anos selecionados, com os seguintes percentuais dos totais exportados pelo Brasil: 67,5% (1988), 60,55% (2001), 65,23% (2007) e 78,78% (2011).
No que concerne ao destino das exportações brasileiras, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos (Holanda), Japão e Alemanha participaram com 46,74% (1988), 46,45% (1992), 45,59% (2001) e 41,25% (2007). Em 2011, nos cinco maiores destinos das exportações não aparece a Alemanha, estando incluída em seu lugar a China, que passou a ser, desde 2009, a maior importadora de produtos brasileiros (essencialmente commodities). Em 2011, os cinco principais destinos absorveram 45,29% do total das exportações.
Também não é satisfatório o panorama da evolução dos produtos industriais de exportação, segundo a intensidade tecnológica neles contida. Em 1996, os produtos de alta tecnologia representavam apenas 4,3% dos valores exportados. Essa participação chegou a subir para 12,4%, em 2000, com destaque para os produtos da indústria aeronáutica e aeroespacial, equipamentos de rádio, TV e comunicação, mas voltou a descer para 4,6%, em 2010. Na ponta oposta, reduziu-se a participação dos bens de baixa tecnologia, caindo de 36% para 26,4%, no comparativo 1996-2010. Ou seja, os setores industriais de exportação perdem participação no total das exportações brasileiras e mantêm-se concentrados em itens de média intensidade tecnológica.
Como se nota, estruturalmente, não se modificou, no período, o quadro do comércio exterior brasileiro. A propósito, Benedicto Fonseca Moreira, presidente (licenciado) da AEB, palestrando no primeiro Enaex, em 1972, na condição de diretor da Cacex, do Banco do Brasil, assim relembrava os principais obstáculos que se opunham à expansão das exportações: "taxa de câmbio sobrevalorizada; excesso de carga tributária; ausência de sistema de financiamento; desorganização do setor portuário e de navegação; máquina administrativa desatualizada; e intervenção de excessivo número de órgãos governamentais...".
Atualmente, esses fatores estão ainda mais ampliados, em razão do crescimento quantitativo do comércio exterior brasileiro, com os diferentes atores brasileiros envolvidos nas atividades de exportação, tanto na comercialização como na produção, ambas afetadas pelo pesado custo-Brasil, continuando a enfrentar as mesmas dificuldades, mantendo o Brasil refém de custos ociosos, que contribuem para a baixa competitividade internacional da economia brasileira.
Com esse propósito, ao definir o tema "Propostas para um Comércio Exterior Sustentável" para o Enaex 2012, a AEB objetiva discutir alternativas para oferecer uma carta de alforria ao comércio exterior brasileiro, especialmente às exportações, objetivando elevar a participação de produtos manufaturados na pauta de exportação e gerar equilíbrio, reduzir a dependência do bom humor econômico externo e ampliar os reflexos por decisões tomadas no Brasil.

Autor(a): JOSÉ AUGUSTO DE CASTRO
Presidente, em exercício, da AEB.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Brasil pode se tornar líder mundial em soja

Previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) aponta que a safra da oleaginosa no país deve atingir 81 milhões de toneladas no período 2012/13

Plantação de soja
Soja: Brasil pode se tornar maior produtor mundial nesta safra (Scott Olson/Getty Images)
A safra de soja do Brasil para o período 2012/13 foi estimada nesta quarta-feira em 81 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA) – a mesma da previsão de agosto divulgada pelo órgão. Se a expectativa for confirmada, a produção brasileira da oleaginosa atingirá um recorde e o Brasil assumirá a liderança global no mercado de soja.
Contudo, o clima é um dos fatores-chave para consolidação da estimativa, já que a safra 2012/13 começa a ser plantada em meados de setembro, após a chegada das chuvas no Centro-Oeste. Para os Estados Unidos, a nova previsão está em 71,69 milhões de toneladas na mesma safra – volume menor que o da safra passada (83,17 milhões de toneladas). As lavouras norte-americanas sofreram na temporada com a pior seca em mais de 50 anos.
Leia mais: Produtores dos EUA atingidos pela seca terão US$ 30 mi   
O número do USDA para o país deve apresentar crescimento expressivo em comparação com a safra passada (2011/12), quando uma seca no Sul cortou a produção nacional para 66,5 milhões de toneladas. Na safra 2010/11, o Brasil colheu um recorde de cerca de 75 milhões de toneladas.
Argentina  Segundo relatório mensal sobre safras do USDA, a colheita de soja da Argentina foi estimada em 55 milhões de toneladas em 2012/13, também a mesma da previsão de agosto. Na temporada anterior, a Argentina, terceiro produtor global, colheu 41 milhões de toneladas.
(com agência Reuters)

Publicado na Veja

Ford comercializará Novo EcoSport na Europa

Modelo desenvolvido em mercados emergentes chegará ao mercado europeu em 18 meses

O novo EcoSport: design totalmente novo
O novo EcoSport: design totalmente novo - Ivan Pacheco
A montadora americana Ford anunciou na manhã desta quinta-feira que comercializará o modelo EcoSport no mercado europeu dentro dos próximos dezoito meses. A produção do SUV da montadora é feita atualmente no Brasil, na China, na Índia e na Tailândia, com o objetivo de abastecer até 100 países do mundo. Contudo, a Ford não revelou qual será a fonte de produção dos modelos que chegarão à Europa. "A planta de Camaçari, no Nordeste, abastecerá inicialmente os países da América Latina. Sobre a Europa, ainda não podemos divulgar a fonte de produção", disse o presidente da subsidiária brasileira, Steven Armstrong, que assumiu o cargo em junho deste ano. Contudo, a imprensa britânica afirma que o veículo deverá começar a ser fabricado em Frankfurt em 2013 e chegar às concessionárias no início de 2014.

O primeiro modelo do EcoSport foi desenvolvido no Brasil em 2003 e, desde então, foram vendidas 700 mil unidades. Desde 2010 um novo modelo foi desenvolvido globalmente - liderado pela equipe brasileira - para ser fabricado em mercados emergentes. A expectativa da Ford é que mais de 2 milhões de unidades do veículo sejam produzidas até 2015 no mundo.


Segundo Rogelio Golfarb, diretor de assuntos institucionais da Ford, o EcoSport é a personificação do que o governo espera das montadoras com o Novo Regime Automotivo, anunciado em abril deste ano. "É um desafio você desenvolver um carro para 100 mercados, com engenharia brasileira e feito no Nordeste. E nós fizemos", afirma Golfarb.
A Ford também revelou que, já em 2015, todas as plataformas de desenvolvimento e produção da montadora no Brasil serão globais. E isso implicará, de acordo com Armstrong, em uma renovação importante das linhas e um plano agressivo de novos lançamentos. Atualmente, a Ford fabrica em suas quatro fábricas no Brasil, em Camaçari (Bahia), Taubaté, Tatuí e São Bernardo (São Paulo) os veículos Fiesta, Ka e EcoSport.

  • O novo EcoSport: design totalmente novo
  • Faróis dianteiros com iluminação diurna por leds
  • No painel, controle de tração
  • Faróis em parábola acompanham contorno do capô
  • SUV compacto para uso urbano e fora de estrada leve, na terra ou na praia
  • No centro do painel, tela de LCD com todos os controles
  • Instrumentos analógicos e a direção elétrica, de bom tamanho, com pegada esportiva
  • Alça de segurança do passageiro: poderia estar na coluna superior da porta
  • Porta-óculos bem no centro do teto
  • Entrada auxiliar, porta USB e tomada 12 volts
  • Tampa do porta-malas tem abertura lateral
  • A maçaneta da tampa do porta-mala (branca), disfarçada na lanterna
  • Rodas em liga leve de 16 polegadas
  • Bancos em couro com costura em vermelho
  • Porta-malas acanhado: 362 litros
Por Ana Clara Costa

Publicado na Veja

Oportunidades de negócios e a cultura comercial na Rússia foram tema de seminário organizado pela Apex-Brasil


 
Seminário Mercado Foco Rússia foi realizado em Curitiba nessa quarta-feira e teve depoimentos de empresários, técnicos e consultores. Apex-Brasil produziu estudo de inteligência sobre o panorama econômico e comercial da Rússia


 
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) e com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), promoveu, nessa quarta-feira (29 de agosto), em Curitiba (PR), o Seminário Mercado Foco Rússia. Um público total de 280 empresários e representantes de entidades públicas e privadas conheceu oportunidades de negócios para exportadores brasileiros no mercado russo e recebeu informações econômicas, jurídicas e sobre as ferramentas de promoção comercial mais indicadas para empresas que queiram atuar naquele país. O evento foi transmitido ao vivo pela internet por webcast.
Técnicos da Apex-Brasil ministraram palestras sobre o Centro de Negócios da Agência em Moscou, sobre as perspectivas e tendências do mercado russo e as oportunidades de comércio exterior com a Rússia.
A entrada da Rússia na Organização Mundial do Comércio (OMC), oficializada neste mês, propiciará aos 155 países-membros da entidade melhor acesso ao mercado russo, com regras balizadas pela organização e opção de abertura de contenciosos no caso de práticas comerciais incompatíveis com as diretrizes da OMC. A Rússia tem hoje uma população de 140 milhões de habitantes e uma classe alta com grande potencial de consumo. Uma análise detalhada sobre o panorama econômico da Rússia, elaborada pela Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil, pode ser acessada aqui.
“O Seminário Mercado Foco visa atender à demanda por informações não somente sobre as potencialidades de negócios existentes na Rússia, mas também sobre os caminhos estratégicos para concretizar essas oportunidades em vendas para as empresas brasileiras”, explica Juarez Leal, coordenador da Unidade de Estratégia de Mercado da Apex-Brasil.

Cultura de negócios
Outro tema abordado no Seminário foi o perfil cultural dos empresários russos. “Quem deseja negociar com o setor privado ou o setor público da Rússia precisa ser empreendedor e flexível, pois as coisas mudam rapidamente por lá”, afirmou Jeroen Ketting, diretor da consultoria Lighthouse, que auxilia empresas europeias a se instalarem naquele mercado desde 1999.
Na programação do evento, também constaram depoimentos de empresários brasileiros que comercializam seus produtos na Rússia. A diretora de Exportação da Piccadilly (que atua no setor de calçados), Micheline Twigger, destacou as soluções encontradas por sua empresa para concretizar as negociações. O diretor da WEG Equipamentos Elétricos (empresa já estabelecida na Rússia), Sergey Mushchenko, e o sócio-proprietário da comercial exportadora Café Três Marias e vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira, Roberto Ticoulat, também participaram com depoimentos sobre a atuação de suas empresas naquele país.
Ao final das apresentações, os empresários da plateia fizeram perguntas aos palestrantes, e os gestores da Apex-Brasil prestaram atendimento individualizado, indicando as soluções mais adequadas para cada empresa no mercado russo, de acordo com seu perfil de maturidade e setor de atuação.
Workshops paralelos sobre os setores de máquinas e equipamentos, moda, alimentos, bebidas e agronegócios propiciaram o acesso dos empresários a informações mais detalhadas sobre as peculiaridades de cada um destes segmentos no mercado russo.
 
Empresários
Os empresários comentaram a importância do evento para seus negócios. “Estamos começando a exportar e recebemos um pedido de uma empresa russa. Agora, estamos conhecendo melhor o mercado e com mais condições de analisar esse negócio”, disse Silvana Pires, gerente da IPFB Produtos Farmacêuticos e Biotecnologia, empresa de Ibiporã (PR) que tem como principal produto um curativo à base de biocelulose.
“Estamos procurando um distribuidor para podermos começar a vender para o mercado russo”, conta Fabio Andrey da Silva, gerente da Sabor da Mata, empresa de Marialva (PR) especializada na produção de batata palha e salgados. “Viemos ao Seminário coletar dados sobre demandas de produtos e também informações que vão nos ajudar a filtrar os eventuais problemas de entrada no mercado russo”, acredita Marcus Matumoto, diretor de criação da Shofarkids, empresa de Curitiba especializada na produção de brinquedos para colecionadores.
Ricardo Santos, sócio-proprietário da ACQUA Cosméticos, conta que sua empresa exportou pela primeira vez com ajuda do Programa Extensão Industrial Exportadora (PEIEX), desenvolvido pela Apex-Brasil. “Agora, viemos ao Seminário Mercado Foco buscar informações estratégicas sobre a legislação sanitária e o mercado local que poderão nos ajudar a exportar cremes para cabelo para a Rússia”, explica.

Comércio Brasil-Rússia
Em 2011, o Brasil exportou US$ 4,216 bilhões para a Rússia. As importações ficaram em US$ 2,944 milhões, resultando em superávit de US$ 1,272 bilhão. Em 2012, até o mês de junho, as vendas externas brasileiras para os russos fecharam em US$ 1,588 bilhão, e as importações brasileiras somaram US$ 1,028 bilhão. As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Até junho de 2012, ainda de acordo com dados do MDIC, os principais produtos vendidos pelo Brasil para a Rússia foram carnes desossadas de bovino congeladas (US$ 592,325 milhões), outros açúcares de cana (US$ 462,066 milhões), outras carnes de suíno congeladas (US$ 129,547 milhões), pedaços e miudezas comestíveis de galos e galinhas congeladas (US$ 69,560 milhões) e fumo não manufaturado (US$ 61,556 milhões).

Mais informações:
Apex-Brasil – Assessoria de Imprensa
 
Publicado no Site Apex Brasil

21 países devem reduzir tarifa de bens ambientais


JAMIL CHADE - Agência Estado
 
Algumas das maiores economias do mundo fecharam um acordo para cortar de forma drástica impostos de importação sobre bens ambientais, projeto que a Organização Mundial do Comércio (OMC) fracassou em concluir após mais de uma década de negociações. A decisão isola o Brasil e outras economias que rejeitavam um acordo dessa natureza no âmbito multilateral.

A partir de 2015, produtos ambientais terão tarifa máxima de 5% entre os países da Ásia e Pacífico que fecharam o acordo. A meta é permitir maior fluxo de bens como painéis solares, turbinas de vento, instrumentos para controlar a qualidade da água e do ar, etc. O acordo inclui China, Rússia, Estados Unidos, México, Austrália, Japão e outros 15 países. Serão 54 produtos nesse pacote.
"O mesmo procedimento levou mais de dez anos para ser negociado na OMC (Organização Mundial do Comércio), sem resultados. Nós conseguimos em apenas alguns meses", declarou o presidente russo, Vladimir Putin, que servia de anfitrião para a reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), responsável por 44% do comércio mundial.
Na OMC, o debate está estagnado há anos. Em 2008, o Brasil tentou incluir o etanol na lista de produtos que poderiam ter sua tarifa de importação reduzida. Mas a ideia foi rejeitada por Estados Unidos e Europa, que insistiam que a lista deveria ser apenas de produtos de tecnologia. O Itamaraty e outros governos acusaram americanos e europeus de tentar montar uma lista de bens que apenas eles exportariam.
Para observadores, o acordo muda a lógica das negociações na OMC. A Apec, ao estabelecer um novo patamar, poderá forçar países como Brasil a ceder para não ficar de fora do lucrativo mercado.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

10 de setembro de 2012 | 9h 29

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Exportação de grãos pelo Porto de Paranaguá cresce 16% em agosto

Milho é o que apresenta maior crescimento: volume exportado da commodity mais do que dobrou no último mês

Editora Globo 
 
Do início do ano até agosto, foram embarcadas 11,4 milhões de toneladas de grãos pelo porto de Paranaguá
A movimentação de granéis pelo corredor de exportação do Porto de Paranaguá cresceu 12,59% nos primeiros oito meses do ano ante o mesmo período de 2011. Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) informou nesta segunda-feira (10/9), foram embarcadas 11,4 milhões de toneladas. Em agosto, o volume de grãos exportado pelo complexo foi 16,65% maior que o registrado no mesmo mês de 2011, o que representa um acréscimo de 1,7 milhão de toneladas.
Entre os grãos, o milho é o que apresenta maior crescimento. Considerando apenas o último mês, o volume exportado da commodity mais que dobrou. Em 2011, foram pouco mais de 367 mil toneladas de milho exportadas. Já em agosto deste ano, 734,5 mil. No acumulado de 2012, o volume total de milho escoado por Paranaguá foi de quase 1,4 milhão de toneladas, 26,29% superior ao do mesmo período no ano passado.

De janeiro a agosto deste ano, o volume de soja exportado passou de 6 milhões de toneladas. O valor superou em 15,12% o registrado nos primeiros oito meses de 2011. Em relação ao farelo de soja, o aumento registrado foi de 13,53%. Nos oito primeiros meses deste ano, foram exportados por Paranaguá mais de 3,5 milhões de toneladas do produto. Em 2011, o volume foi de 3,1 milhões.

Em relação ao trigo, em 2011 os embarques aconteceram nos meses de janeiro, fevereiro, março e junho, somando mais de 559 mil toneladas do produto. Este ano, o trigo foi embarcado nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril e junho, mas em menor volume: apenas 434 mil toneladas, ou seja, 22,35% a menos que no ano passado.

 

Publicado na Revista Globo Rural

Exportação de carne suína cresce 19,2% em agosto

Volume do mês é o maior registrado em 2012, segundo a Abipecs

Ernesto de Souza 
 
Em termos de receita, agosto ficou atrás apenas de maio, totalizando US$ 134,42 milhões de dólares
As exportações brasileiras de carne suína somaram 54,71 mil toneladas em agosto, o que representa o maior volume mensal observado até agora em 2012, informou nesta terça-feira (11/9) a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Trata-se de uma alta de 19,24% em relação ao mesmo mês de 2011, quando o Brasil embarcou 45.887 toneladas. Em termos de receita, agosto ficou atrás apenas de maio, totalizando US$ 134,42 milhões - avanço de 10,10% na comparação anual. Já os preços continuam em queda neste ano. Em agosto, a tonelada do produto foi negociada, em média, a US$ 2.457, valor 7,67% inferior ao apurado em igual intervalo de 2011.

De janeiro a agosto, os embarques do produto subiram 5,42% em relação aos oito primeiros meses de 2011, somando 367.743 toneladas. O faturamento nesse mesmo período, no entanto, é 2,2% menor (US$ 930 milhões).

No mês passado, a Rússia foi o principal comprador, respondendo por 26,03% do volume e por 28,35% da receita das exportações brasileiras. No total, o país vendeu aos russos 14.241 toneladas (US$ 38,10 milhões), avanços de 387,43% em volume e 327,57% em termos de faturamento em relação a agosto do ano passado. Para a Argentina, cujo embargo à carne suína brasileira foi encerrado em julho, as vendas aumentaram 6,64%, para 3.586 toneladas.

No acumulado de 2012, contudo, a Ucrânia é o principal comprador do produto (83.226 toneladas, ou 22,63% das exportações). Em seguida estão Hong Kong (82.770 t), Rússia (81.826 t), Angola (26.847 t) e Cingapura (18.674 t). 

Publicado na Revista Globo Rural

VEJA QUAIS SÃO OS 5 ESPORTIVOS MAIS PROCURADOS PARA IMPORTAÇÃO INDEPENDENTE NO BRASIL


Infiniti FX 35

Uma pesquisa feita pela importadora Direct Imports nos primeiros seis meses de 2012 mostram quais são os cinco esportivos mais procurados pelos brasileiros que desejam importar automóveis de forma independente. Confira o resultado a seguir.

O Ford Mustang GT Premium é o primeiro esportivo da lista. De acordo com a importadora, o modelo da Ford foi o mais procurado no período do total de 28,5 mil usuários que buscaram informações e cotações deste segmento em específico no site da empresa.

O segundo lugar pertence ao Chevrolet Camaro V6, seguido pelo Nissan 370z na terceira colocação.

O quarto lugar pertence ao Porsche Cayenne, SUV que completa 10 anos de existência em 2012.

A quinta colocação é de um modelo mais raro de se ver pelas ruas: o Infiniti FX35.

Veja os detalhes dos modelos mais procurados:
- Mustang GT Premium: a versão mais procurada é a GT Premium que inclui o motor 302 V8 5,0 litros (402cv), câmbio manual de seis velocidades; rodas aro 18″ com pneus 235/50; sistema Bluetooth; rádio via satélite SiriusXM com CD e MP3, entrada para iPod e oito alto falantes; freios ABS com EBD; conjunto de air bags dianteiros e laterais (de cortina) além de controle de tração e estabilidade eletrônicos;

- Chevrolet Camaro V6 2LT: a versão que recebe maior procura é equipada com motor V6 3,6 litros (323cv), câmbio automático de seis velocidades, rodas aro 19″; sistema Bluetooth; rádio via satélite SiriusXM e sistema de navegação com nove alto falantes Boston Acoustics, entrada para iPod e USB, controle de tração e estabilidade eletrônicos e conjunto de oito air bags;

- Nissan 370z: o terceiro carro mais procurado para importação independente vem equipado com motor V6 3,3 litros (332cv), câmbio manual de seis marchas, sistema Bluetooth; rádio via satélite SiriusXM com quatro alto falantes e sistema Bose, controle de tração e estabilidade eletrônicos e conjunto de air bags frontais e laterais;

- Porsche Cayenne S: o quarto carro mais procurado entra no segmento dos SUV´s esportivos equipado com motor V8 4,8 litros (400cv), câmbio automático de oito velocidades, freios ABS com EBD, controle de tração e estabilidade, teto solar elétrico e sistema de som Burmester;

- Infiniti FX35: outro SUV de proposta esportiva, vem equipado com motor V6 3,5 litros (303cv), câmbio automático de sete velocidades com opção de trocas manuais, freios ABS com EBD, controle de tração e estabilidade, sistema de som Bose com 11 alto falantes e rádio satélite Sirius, entrada para iPod, MP3 e USB, conjunto de air bags frontais, laterais e superiores com controle eletrônico e duplo estágio.

Fonte: Direct Imports

Publicado em Direct Imports

Complexo portuário de Itajaí precisa de mais espaço e pode partir pra desapropriação



Após 60 anos operando navios na mesma área de manobras, o Complexo Portuário do Itajaí-Açu estuda a possibilidade de instalar uma nova bacia de evolução para atender à operação de navios maiores e mais carregados.
A Superintendência do Porto de Itajaí considera a adequação necessária para permitir que os terminais locais possam competir em condições de igualdade com outros portos – algo essencial para manter a movimentação de contêineres e o fluxo econômico na região.
A obra, que pode chegar a um custo de R$ 100 milhões, pagos com recursos públicos, dependerá da desapropriação de áreas em Navegantes. A previsão é que a nova bacia de evolução fique pronta em 2014, e que garanta ao complexo a adequação ao mercado por pelo menos 10 anos.
A empreitada deve permitir operações com navios de até 336 metros de comprimento e 48,2 de largura. Hoje, os terminais de Itajaí e Navegantes trabalham com cargueiros de até 272 metros e recebem embarcações maiores em caráter experimental. Terminais concorrentes, como o de Itapoá, estão aptos a receber cargueiros com até 335 metros de comprimento.
Os estudos de viabilidade para a nova bacia de evolução de Itajaí iniciaram em 2010 e, de lá para cá, quatro possibilidades foram levantadas. Duas acabaram descartadas pelas condições desfavoráveis de vento e correnteza. Restaram, como alternativas, o uso de uma área verde, localizada ao lado do porto, ou o alargamento do rio em frente ao Centreventos de Itajaí, em Navegantes – que, até agora, se mostrou a opção mais viável.
A ideia é que os navios entrem pela barra e façam um giro de 180º bem em frente ao atracadouro da Vila da Regata, que recebeu os barcos da Volvo Ocean Race. Depois, os cargueiros seguirão de ré até os berços de atracação.
O esquema foi montado com base em simulações feitas por técnicos da empresa holandesa Arcadis, contratada pelos terminais Portonave e APM Terminals para avaliar as melhores alternativas.
- Fizemos simulações de entrada e saída, tanto com maré cheia quanto baixa. As conclusões revelaram que existe possibilidade de navegação segura – diz Luitze Perke, Engenheiro da Arcadis.
As simulações foram apresentadas aos práticos que atuam no complexo, segunda-feira. Até o final do ano, novos testes serão feitos – desta vez no Itajaí-Açu.
Porto perde receita
Superintendente do complexo portuário, Antônio Ayres dos Santos Junior diz que a abertura de uma nova área de manobras é essencial para manter a competitividade dos portos de Itajaí e Navegantes, já que os armadores têm dado preferência a navios cada vez maiores e com mais capacidade para contêineres. A chegada dos grandes cargueiros, porém, deve impactar na receita do porto, que recebe por atracação.
A dragagem que aprofundou o canal, concluída no final de 2011, possibilitou a entrada de navios um pouco maiores do que os que vinham operando em Itajaí. Com isto, segundo Santos Junior, o porto perdeu rendimento.
Em compensação, a movimentação de contêineres, que impacta em toda a cadeia portuária, cresceu 42%.
- Se há uma única manobra, mas com muita carga, ganha-se em produtividade – diz o Superintendente da APM Terminals no Brasil, Ricardo Arten.
Aumento no canal pode permitir navios maiores desde já
A Capitania dos Portos de Itajaí pediu que a superintendência do Complexo Portuário produza um novo estudo sobre as condições do canal de acesso, para avaliar se as operações estão seguras. Embora o tamanho padrão para os navios que entram nos portos de Itajaí e Navegantes seja de 272 metros, os terminais têm recebido, em caráter experimental, cargueiros de até 294 metros.
O argumento da Marinha é que as operações têm sido feitas com base em um estudo de 2009, e, desde então, o canal passou por uma nova enchente, em 2011, e por obras de dragagem.
- É preciso atualizar os dados se o porto tiver interesse em trabalhar com um navio maior como padrão – diz o Delegado da Capitania dos Portos de Itajaí, Fernando Anselmo Sampaio.
Superintendente do Complexo Portuário do Itajaí-Açu, Antônio Ayres dos Santos Junior diz que o estudo deverá ser feito junto com uma nova verificação de profundidade, que está em vias de ser contratada. A previsão é que a verificação, que deve ser financiada pelos terminais privados, fique pronta 30 dias após a assinatura do contato.
A intenção da superintendência é que o complexo possa, antes mesmo das obras de uma nova bacia de evolução, receber navios com até 300 metros de comprimento.
- A ideia é alargarmos pontos do canal, para que alguns desses navios maiores possam entrar desde já – diz Santos Junior.
Moradores não acreditam em desapropriação
Lar de centenas de moradores de Navegantes, a área que para os técnicos parece a melhor opção para uma nova bacia de manobras deve significar, para a comunidade do Pontal, o transtorno da desocupação. Há pelo menos três décadas, a margem esquerda do Rio Itajaí-Açu em frente ao Centreventos, reconhecida como área portuária, foi tomada por casas simples e galpões de pesca, que servem de espaço para preparar os barcos e descascar o camarão.
Por ali, o anúncio de que a área pode ser desapropriada para dar lugar à bacia de evolução não é novidade.
- Vivo aqui há mais de 20 anos e desde aquela época sempre ouvi que o porto iria pegar a área de volta. Não acredito mais que isto vá acontecer – diz Antônio Roberto de Lima, 38 anos.
Mesmo quem se conforma com a possibilidade de sair do local confessa que sentirá falta da vista privilegiada do Itajaí-Açu, em meio ao canal de acesso dos navios. Pescador aposentado, obrigado a deixar o trabalho por problemas de saúde, que o forçaram a sessões periódicas de hemodiálise, Darci Francisco da Silva, 59, mata a saudade do mar observando os barcos pesqueiros atracados perto de casa.
- Onde vão colocar os pescadores, as embarcações? Não tem como um pescador sair daqui para morar em outro bairro – diz. 

Publicado em

Com as informações -  Diário Catarinense

Publicado no Portal Maritimo
 
Por Rodrigo Cintra

Costa Concordia – Perícia foi finalizada


Os responsáveis pela perícia do navio Costa Concordia, que naufragou em janeiro deste ano na Ilha Del Giglio, entregaram ontem ao juiz que investiga o caso o resultado da perícia, um documento composto por mil páginas e sete DVDs.

A perícia foi realizada a pedido da Promotora de Grosseto, Valeria Montesarchio, e os especialistas foram coordenados pelo almirante Giuseppe Cavodragone.    

Os peritos responderam 50 questões elaboradas pela Promotoria sobre a dinâmica do naufrágio, as medidas adotadas pelos investigados, as condições de manobras do navio, entre outras coisas.    

Os especialistas analisaram as conversas e as comunicações registradas nas caixas pretas do navio e também os dados de rota e das cartas náuticas.    

No próximo dia 15 de outubro acontece uma nova audiência sobre o acidente com o cruzeiro que levava mais de 4 mil pessoas a bordo e que provocou a morte de 32 pessoas após bater em uma rocha e encalhar na costa italiana.

Com as informações – JB / Agência ANSA

Publicado por Portal Maritimo

 Por Rodrigo Cintra

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cresce número de navios descartados e inativos

Capacidade global de porta-contêineres aumentou 6,6% nos últimos 12 meses

Capacidade global de porta-contêineres cresceu 6,6% durante os últimos 12 meses para chegar a 16,17 milhões de Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). O crescimento líquido no ano-o-ano permanece a 1,015 milhões de Teus, com 1,25 milhões de Teus da capacidade de novos navios entregues e 235 mil Teus deletados.

A supressão representa 1,5% de frota atual, removidas especialmente por meio de descartes e embarcadoras continuam a abordar os desafios impostos pela atual situação do excesso de oferta.
Além disso, a capacidade efetiva deve ter crescimento de apenas 3,2% no ano-a-ano, enquanto as embarcadoras forem capazes de uma atenuação mais no futuro. A frota inativa soma hoje 546 mil Teus, de acordo com o relatório mais recente da Alphaliner.

Postado por Guia Maritimo

Novo Radar deve atenuar exigências para o Comércio Exterior

 Ainda é cedo para concluirmos se a recente Instrução Normativa (IN) editada pela Receita Federal com novas regras para a habilitação de empresas no Siscomex irá facilitar, e quanto, a vida das empresas que atuam no comércio exterior brasileiro. A Instrução Normativa RFB nº 1.288 foi assinada pelo secretário da Receita Federal, Sr. Carlos Barreto, em 31 de agosto (último), depende ainda de normativas que definam detalhes cadastrais.
 
A habilitação ao Siscomex, vulgarmente denominada “Radar”, é um procedimento adotado pelo Governo Brasileiro a partir da década de 90 do século passado, e atualmente em sua quarta edição, provou ter cumprido a missão de filtrar nossas transações internacionais eliminando do mercado empresas “laranjas” dedicadas à lavagem de dinheiro, bem como aquelas voltadas às operações fraudulentas.
 
Cumprida essa missão, e com sucesso, já era mesmo o momento de mudanças serem realizadas a fim de possibilitar a participação de mais empresas no esforço nacional de integração junto ao mercado mundial. Isso será possível se as normativas ainda pendentes de edição apresentarem níveis de exigências cadastrais e fiscais que sejam mais tênues que as atuais.
 
A leitura da IN nos leva a entender que esse é o espírito das mudanças estabelecidas.  O Ato Declaratório, ainda a ser editado, deverá trazer normas mais fáceis de serem atendidas. Assim esperamos.
 
A Instrução Normativa foi editada no D.O.U., em 03 de setembro, e passa a vigorar em 30 dias.
 
Diretor do Grupo Nicomex - Gilberto Castro - Quarta-feira, 12 Setembro, 2012

Indústria reage à restrição da Argentina / Márcia de Chiara

Fiesp quer comércio em moeda local e Abimaq procura clientes na África.

Empresários brasileiros estão se mexendo para reverter a queda de 19,3% nas exportações para a Argentina no ano até a agosto em relação a igual período de 2011, depois que o país vizinho adotou em fevereiro medidas restritivas às compras externas para conter a crise cambial.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo vai propor à Argentina o uso de moeda local no comércio entre os dois países. O mecanismo já foi aprovado pelos bancos centrais, mas falta ser implementado.

O diretor do Departamento de Relações Internacionais da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca, diz que, na segunda quinzena do mês, o secretário do Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, e o ministro do Planejamento, Julio De Vido, virão ao País discutir a questão.

"Essa é a solução para a Argentina e para o Brasil. A Argentina vai poder comprar mais do Brasil sem gastar dólar e manter o fluxo de importação para abastecer o que é necessário ao país. E o Brasil vai pode vender mais", diz Giannetti. Na sua avaliação, essa é a saída para manter o dinamismo comercial com a Argentina, o principal comprador de produtos manufaturados brasileiros.

A indústria química também decidiu dar a volta por cima nas vendas para a Argentina. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) acaba de concluir um estudo, que será enviado ao Ministério da Indústria e Comércio e ao Ministério das Relações Exteriores, mostrando que as exportações de produtos químicos para Argentina caíram 8,7% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2011. Enquanto isso, as vendas externas para o resto do mundo ficaram praticamente estáveis (0,8%).

Com base no prejuízo causado pelas restrições feitas pelo país vizinho, a Abiquim pede ao governo negocie com a Argentina a exclusão de Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela da exigência de Declaração Juramentada Antecipada de Importação, afirma a diretora de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo. Em vigor desde fevereiro, a medida é a pedra no caminho das exportações para aquele país. "Também apoiamos o comércio em moeda local entre os dois países", diz a executiva.

Os fabricantes de implementos agrícolas optaram por conquistar novos mercados para contornar a dificuldades de exportar para a Argentina. "Estamos prospectando vendas para países africanos e já fechamos negócios", conta o diretor da Câmara Setorial de Implementos Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas Agrícolas (Abimaq), Francisco Matturo. Os países-alvo são África do Sul, Angola, Gana e Zimbábue. Ele diz que as vendas de implementos agrícolas para Argentina caíram mais de 50% este ano ante 2011.

Desvalorização. As exportações brasileiras patinam, apesar da desvalorização do real em relação ao dólar e dos estímulos fiscais e tributários dados pelo governo. A fraca demanda mundial é o pano de fundo da falta de reação nas exportações. Mas o baque mesmo nas vendas externas foi provocado pela Argentina, concordam especialistas em comércio exterior.

"Considero a Argentina como a principal fonte de problemas nas nossas exportações", afirma o economista chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges. A opinião é compartilhada por Giannetti da Fonseca, da Fiesp.

"Há queda nos preços das commodities, como o minério da ferro importado pela China. Mas é localizada em duas ou três empresas. Onde a situação pega mais, do ponto de vista do emprego e da renda, é na Argentina que compra manufaturados."

Principal comprador de produtos industrializados nacionais, com 22% do total, as vendas do Brasil para a Argentina caíram neste ano numa velocidade muito superior que ao recuo registrado no total exportado pelo País. De janeiro a agosto, as exportações ao país vizinho somaram US$ 11,996 bilhões. A queda foi de19,3% em comparação a 2011. Esse recuo é quatro vezes maior que a retração do total das exportações brasileiras (4,9%).

"Quanto cresce o PIB dos nossos parceiros comerciais é muito mais importante do que a taxa de câmbio", diz Borges, da LCA.

Fonte: O Estado de São Paulo(11/09/2012)

Publicado em Global21