Segundo analistas da consultoria, esse recuo se dará por conta da limitada oferta mundial atual depois de adversidades climáticas terem reduzido drasticamente as safras 2012/13 dos EUA e 2011/12 da América do Sul. A previsão é de que essa diminuição seja de, aproximadamente, entre 4 e 5 milhões de toneladas.
Nos primeiros seis meses deste ano, a nação asiática foi responsável por 61% das importações da oleaginosa. Porém, por conta dessa possível diminuição, o governo chinês terá que aumentar as vendas de soja de suas reservas estatais como forma de compensar esse declínio da aquisição de produto estrangeiro.
Por outro lado, como projetou a Oil World, esse movimento deve provocar uma significativa redução dos estoques do país, forçando compras externas bem maiores na segunda metada do ciclo 2012/13.
No entanto, apesar dessas projeções, o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, afirma que estão corretas "na teoria". Afinal, os preços da soja no mercado interno chinês estão bastante altos e, enquanto esse cenário se mantiver, "o governo se vê obrigado a continuar comprando soja para estabilizar os preços", completa.
O analista explica ainda que os preços recordes que vêm sendo registrados no mercado internacional têm, de fato, o papel de racionar a demanda por soja. Porém, ainda não se saber qual o patamar de preço que seria capaz de cumprir essa missão. "Precisamos saber qual preço é alto o suficiente para racionar esta demanda com a situação de soja no mercado doméstico chinês", diz Dejneka.
Além disso, a margem de esmagamento na China está positiva e isso faz com que os compradores continuem ativos e buscando pela oleaginosa mesmo nos atuais patamares de preços.
“A dúvida é saber qual preço irá causar a margem negativa e até quando teremos uma inflação nos preços da oleaginosa no mercado interno, pois enquanto isso acontecer a China irá continuar comprando para tentar colocar mais soja no mercado e acalmar esses preços”, ratifica Dejneka.
(Fonte)
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