A
Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK-SP, na sigla em alemão)
anunciou ontem a inauguração de seu Departamento de Inovação e
Tecnologia (DIT), a ser realizada na sede da entidade, em evento no dia
12 de novembro, às 17 horas. Tem por objetivo promover o debate sobre o
papel da inovação na competitividade, e contará com a presença de
especialistas executivos de empresas alemãs no Brasil, como Maurício
Muramoto, presidente da Continental Brasil, Ideval Munhoz, CEO da
T-Systems, e Livaldo Aguiar dos Santos, presidente das Indústrias Romi.
"A
Alemanha é o país-referência no mundo para questões que envolvem
inovação, desenvolvimento de tecnologia e investimentos em pesquisa",
afirmou Weber Porto, presidente da AHK-SP via relatório. Pois, segundo
ele, o DIT da AHK-SP tem o intuito de contribuir para encarar as
principais dificuldades do processo de geração de inovação no país, por
meio de transferência de tecnologias e troca de conhecimento entre
empresas e instituições brasileiras e alemãs.
Adriano
Gomes, professor de Administração da Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM), concorda com a avaliação do presidente sobre a questão
da parceria com empresas alemãs. "A Alemanha é um dos países que mais
investe em inovação e tecnologia, por isso vejo com bons olhos essas
parcerias mais solidas".
Weber
acredita que a criação do novo Departamento acontece em um momento em
que o próprio governo brasileiro passou a priorizar o tema,
"aproximando-se de instituições alemãs consideradas modelo neste campo",
explica.
A
comunidade empresarial está cada vez mais consciente da importância da
inovação e em que ocorrem importantes colaborações entre entidades
brasileiras e alemãs com vistas ao progresso científico.
Sofhia
Harbs, diretora do novo Departamento, destacou o desenvolvimento da
Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial (Embrapi), baseada no modelo
alemão do Fraunhofer, para estimular inovação junto a pequenas e médias
empresas. O Programa Ciência sem Fronteiras, que prevê o envio de dois
mil universitários, mestrandos e doutorandos para aprimoramento
acadêmico em instituições alemãs; e também a abertura do primeiro
escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na
Alemanha, atividades que, em sua visão, vão fomentar inovação em
diferentes cadeias.
"O
Brasil precisa de mais investimento nesse setor, pois é o País que
menos investe em tecnologia e inovação. Mesmo com programas de
incentivos, o que vemos na linha de aplicação é praticamente
desconsiderado", alerta o professor. Ele ainda completa. "Não há outra
saída para a busca de competitividade mais sadia, se não for por meio da
inovação, não tem jeito, esse é o único caminho", disse.
As
medidas tomadas pelo DIT não fogem dessa linha [tecnologia e inovação],
buscam o aumento da competitividade que atinge diretamente empresas
instaladas no Brasil. Ou seja, boas práticas de gestão tecnológica e de
inovação bem como a de selecionar alianças tecnológicas entre as
entidades nesse setor do Brasil e da Alemanha. "Se de fato o DIT atingir
a questão da tecnologia e inovação, a principal consequência será a
chave do sucesso [competitividade]", analisa.
Isso
trará mais oportunidade às pequenas e médias empresas brasileiras que
poderão buscar parcerias com organizações de porte similar na Alemanha e
instituições em ambos os países, visando o desenvolvimento local de
produtos, tecnologias e processos que venham dos atuais desafios do
Brasil. "É um passo importante para o País, mais um elemento fundamental
que motivara esse tipo de ação, tem tudo para acontecer, eu acredito",
assegura o professor.
Para
a realização dessas medidas, já foi firmado um acordo de cooperação
entre o Departamento e entidades, como a Associação Nacional de Pesquisa
e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e a Associação
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com as quais já são
desenvolvidas atividades voltadas à qualificação profissional,
intercâmbio de experiências, desenvolvimentos e pesquisas junto às
instituições.
Câmara Brasil-Alemanha
A
Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK) é uma entidade que
desenvolve um papel essencial no fomento das relações econômicas entre
os dois países. Filiada à Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e
Indústria (DIHK), atua como base para o fortalecimento e a
diversificação dos negócios de seus associados, na atração de
investimentos para o Brasil, na ampliação do comércio bilateral e na
cooperação entre os países do Mercosul e da União Europeia. No Brasil há
96 anos, congrega 1,7 mil associados, entre empresas de capital ou
know-how alemão instaladas no País e companhias brasileiras e alemãs
voltadas ao comércio exterior.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria |
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Publicado em Aduaneiras |
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
CÂMARA BRASIL-ALEMANHA OFERECERÁ SUPORTE À INOVAÇÃO
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