O desempenho negativo da economia mundial tem afetado a
economia brasileira por diferentes canais de transmissão, com destaque
para o comércio exterior e a confiança dos agentes econômicos. A
afirmação consta do texto sobre o quinto balanço da segunda etapa do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), divulgado nesta tarde de
segunda-feira pelo Ministério do Planejamento.
Apesar
disso, o Brasil possui excelentes fundamentos econômicos para enfrentar
a situação sem sobressaltos ou crise doméstica. De acordo com o
governo, diferentemente dos países desenvolvidos, que possuem pouco
espaço fiscal e têm os limites de taxas de juros nominais perto de zero,
o País possui um conjunto amplo de instrumentos de política econômica.
O
texto declara ainda que a desaceleração mundial e a sólida posição
fiscal do Brasil contribuem para um quadro benigno para a inflação. Esse
fator, aliado a mudanças institucionais (como alteração das regras da
poupança para novos depósitos), permitiu a continuidade da redução da
Selic, que chegou a mínimos históricos, de 7,25% ao ano, sem comprometer
o cumprimento da meta de inflação.
Para o
Planejamento, o País entrou em um novo ciclo de expansão em meados deste
ano, com reflexo nas elevadas taxas de crescimento de diversos
indicadores da atividade econômica no terceiro trimestre. Apesar disso,
as economias mais avançadas continuam em uma fase de baixo crescimento
que deve persistir por um período prolongado, completa texto. O balanço
indica ainda que a China também apresentou desaceleração no ano, mas
espera reação e um crescimento mais significativo em 2013.
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