A
falta de infraestrutura portuária nas regiões Norte e Nordeste impõe um
alto ônus ao agronegócio brasileiro. Atualmente, o custo logístico total
para exportação de uma tonelada de soja que sai de uma fazenda em
Balsas, principal município produtor de grãos no Sul do Estado do
Maranhão, até o porto de Santos (SP) é de cerca de US$ 140 por tonelada.
Se a mesma carga fosse exportada hoje pelo porto do Itaqui (MA), o valor cairia quase 18%, para US$ 115 a tonelada.
De acordo com a Confederação Nacional da
Agricultura (CNA), cerca de 52% da produção nacional de soja e milho de
2011 - que foi de 131 milhões de toneladas - teve como origem o eixo
Norte do país, mas apenas 14% desse volume deixou o país via portos das
regiões Norte e Nordeste (que compreende o porto de Porto Velho, em
Rondônia, até o Itaqui).
Assim, atualmente quase 86% da produção
brasileira de soja e de milho é exportada via os portos de Santos,
Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC). De acordo com o presidente
da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos
Fossati, a estimativa é que o Tegram atraia aproximadamente 30% desse
mercado, quando totalmente em operação, com capacidade para 10 milhões
de toneladas de grãos.
Além de estratégico para a região em que
está, o Tegram será beneficiado pela entrada em operação da Ferrovia
Norte-Sul, de Palmas (TO) até Açailândia (MA), que captará sobretudo
cargas do Centro-Oeste.
Fonte: Valor Econômico(07/11/2012)
Publicado em Global 21
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