Novo terminal vai transformar o Maranhão no 3º maior exportador do país. Obras, iniciadas nesta quarta (7), devem ser concluídas até 2019.
Aberto
o início das obras para a construção do novo Terminal de Grãos do
Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, em São Luís, nesta quarta-feira
(7). A ideia é que até 2019, tudo esteja pronto.
A
parte nova do Porto do Itaqui vai exportar somente grãos como soja,
milho e farelo. Hoje, o que sai do porto ainda é pouco em termos
nacionais – 2,5 milhões de toneladas. Para se ter ideia, o Porto de
Santos, em São Paulo, exporta em média 14 milhões de toneladas de grãos
por ano, quase 12 milhões a mais que o porto maranhense.
O
Tegram deve diminuir bastante essa diferença. Ele deve entrar em
atividade no final do ano que vem e a previsão é que, em um prazo de
quase 10 anos, o porto consiga aumentar a capacidade atual de
exportações de grãos em seis vezes, transformando o Maranhão no maior
exportador de grãos do Norte e Nordeste e o terceiro maior do Brasil.
Algumas
regiões dos Estados do Mato Grosso, Tocantins, Bahia e sul do Maranhão
usam portos distantes - como o de Santos, o de Paranaguá, no Paraná, e o
de São Francisco do Sul, em Santa Catarina - para exportar os grãos que
produzem já que a capacidade de armazenamento no Itaqui é pequena.
O
Tegram vai ter quatro armazéns enormes, com capacidade para estocar até
500 mil toneladas. “Isso vão trazer geração de emprego, arrecadação
para o Estado. Então, realmente, esse é um grande marco para todos nós”,
comemorou o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária
(Emap), Luís Carlos Fossarti.
“Esses
grandes investimentos ajudam a alavancar com maior velocidade o
desenvolvimento do Estado, que deve fazer investimentos em torno de R$ 4
bilhões via BNDES, na sua estrutura, principalmente rodoviária, na
sáude e na educação, para que a gente acelere o desenvolvimento e
rompamos o ciclo da pobreza extrema”, disse o secretário de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Maurício Macedo.
Cinco
empresas ganharam a concorrência para administrar o Tegram nos próximos
25 anos - um investimento que vai custar R$ 22 milhões. “É um processo
estruturante. Ele vai mudar a rota de escoamento agrícola do país. A
gente está convicto de que existem milhões de hectares prontos para
serem cultivados, prontos para serem implantados e que não são
utilizados por falta de uma solução de escoamento agrícola, por falta de
uma infraestrutura logística. O Tegram vem, certamente, romper com esse
problema e vai gerar riquezas, enfim, uma nova rota de escoamento.
Milhões de hectares, a partir da inauguração do Tegram, serão
cultivados”, declarou Marcos Menoita, presidente do Consórcio Tegram.
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