quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Integração de modais reduzirá número de caminhões na estrada

Investimentos em Infraestrutura

A mudança na concepção do que é o transporte no Brasil e o aumento da competitividade do País são alguns dos benefícios trazidos pelo Programa de Investimentos em Logística desenvolvido pelo governo federal. Embora os resultados do programa só possam ser percebidos a longo prazo, o professor do curso de logística da Universidade Estácio de Sá, Audemir Leuzinger de Queiroz, acredita que umas das vantagens será a redução do custo do transporte de cargas e também no número de caminhões na estrada.

O Programa de Investimentos em Logística prevê a integração de diferentes modais, como hidrovias, portos, aeroportos, ferrovias e rodovias - investindo, só nos dois últimos itens, R$ 133 bilhões. "Os modais sempre foram vistos como algo separado e agora serão integrados, como se fosse um fluxo contínuo", diz Queiroz. A reestruturação do modelo de investimentos e de exploração da malha ferroviária também está entre os objetivos do programa, além da expansão e do aumento de sua capacidade. Outras ações são o resgate das ferrovias como alternativa de logística, a quebra de monopólio na oferta de serviços ferroviários e a redução das tarifas.

De acordo com o professor, a história das ferrovias no Brasil sempre esteve vinculada mais ao transporte de passageiros que ao de cargas, tendo agora a possibilidade de modificar esse perfil. Queiroz destaca, também, que o uso de diferentes bitolas nos trilhos impede a integração de diferentes linhas - como foram feitos por diferentes companhias ferroviárias, cada uma utilizava um padrão e, com as reformas, esse problema deve deixar de existir.

Hoje, o setor rodoviário é responsável por cerca de 60% do transporte de cargas no Brasil. Para o professor, a maior utilização de outros modais, como o ferroviário, será importante para o aumento da competitividade dos produtos brasileiros, reduzindo o custo do frete. Segundo ele, o ideal seria o setor rodoviário ser responsável por, no máximo, 40% do transporte de cargas. A projeção é que apenas os mais qualificados continuem nas estradas. De acordo com Queiroz, caminhões equipados com GPS, com um bom plano de manutenção, dirigidos por profissionais qualificados, preparados para operá-los com segurança, terão prioridade conforme a frota for sendo reduzida devido à integração com outros modais.


Fonte: Cartola Conteúdo via Portal Terra

Publicado em Transvias 

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