Investimentos em Infraestrutura |
A
mudança na concepção do que é o transporte no Brasil e o aumento da
competitividade do País são alguns dos benefícios trazidos pelo Programa
de Investimentos em Logística desenvolvido pelo governo federal. Embora
os resultados do programa só possam ser percebidos a longo prazo, o
professor do curso de logística da Universidade Estácio de Sá, Audemir
Leuzinger de Queiroz, acredita que umas das vantagens será a redução do
custo do transporte de cargas e também no número de caminhões na
estrada.
O
Programa de Investimentos em Logística prevê a integração de diferentes
modais, como hidrovias, portos, aeroportos, ferrovias e rodovias -
investindo, só nos dois últimos itens, R$ 133 bilhões. "Os modais sempre
foram vistos como algo separado e agora serão integrados, como se fosse
um fluxo contínuo", diz Queiroz. A reestruturação do modelo de
investimentos e de exploração da malha ferroviária também está entre os
objetivos do programa, além da expansão e do aumento de sua capacidade.
Outras ações são o resgate das ferrovias como alternativa de logística, a
quebra de monopólio na oferta de serviços ferroviários e a redução das
tarifas.
De
acordo com o professor, a história das ferrovias no Brasil sempre
esteve vinculada mais ao transporte de passageiros que ao de cargas,
tendo agora a possibilidade de modificar esse perfil. Queiroz destaca,
também, que o uso de diferentes bitolas nos trilhos impede a integração
de diferentes linhas - como foram feitos por diferentes companhias
ferroviárias, cada uma utilizava um padrão e, com as reformas, esse
problema deve deixar de existir.
Hoje,
o setor rodoviário é responsável por cerca de 60% do transporte de
cargas no Brasil. Para o professor, a maior utilização de outros modais,
como o ferroviário, será importante para o aumento da competitividade
dos produtos brasileiros, reduzindo o custo do frete. Segundo ele, o
ideal seria o setor rodoviário ser responsável por, no máximo, 40% do
transporte de cargas. A projeção é que apenas os mais qualificados
continuem nas estradas. De acordo com Queiroz, caminhões equipados com
GPS, com um bom plano de manutenção, dirigidos por profissionais
qualificados, preparados para operá-los com segurança, terão prioridade
conforme a frota for sendo reduzida devido à integração com outros
modais.
Fonte: Cartola Conteúdo via Portal Terra
Publicado em Transvias
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