quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Governo reduz imposto de importação de máquinas e bens de informática

Contêineres prontos para embarque no terminal de Santos, porto privado na cidade do Guarujá

Benefícios visam incentivar empresas que anunciaram investimentos de US$ 7,021 bi neste ano e que realizarão importações para montar indústrias no país

Governo reduz imposto de importação para beneficiar empresas que estão investindo (Ivan Pacheco)
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) reduziu o imposto de importação sobre diversos bens de capital e equipamentos de informática e telecomunicações, informou o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) nesta quarta-feira – data da publicação da medida no Diário Oficial da União (DOU).

As duas novas listas de produtos com tarifas de importação reduzidas incluem bens como contêineres metálicos, motores, empacotadoras, guindastes, robôs industriais, fornos a gás natural, dessalinizadores e impressoras fotográficas de grande porte.

Os benefícios fiscais visam incentivar empresas que anunciaram investimentos de 7,021 bilhões de dólares neste ano e que realizarão importações de 340 milhões de dólares para montar indústrias no país, segundo o comunicado do MDIC.

Os setores mais beneficiados com os incentivos de hoje são os de petróleo (31,37%), automotor (19,96%), peças de automóveis (11,47%), ferrovias (8,91%) e mineração (8,62%).

Entre os projetos beneficiados se destacam uma fábrica na cidade de Resende (RJ) que produzirá 200 mil veículos por ano, além da expansão do metrô da cidade de São Paulo e uma unidade com capacidade para produzir 20 mil toneladas de pneus por ano no Rio de Janeiro.

Esses produtos serão importados principalmente de Estados Unidos (44,8%), Alemanha (10,19%) e Itália (7,62%). A redução tarifária temporária vale até 30 de junho de 2014. 


Publicado na Veja

Exportação de aviões supera venda de minério de ferro

Júlio Gomes afirma que é possível criar vantagens comparativas
Júlio Gomes afirma que é possível criar vantagens comparativas



De janeiro a setembro deste ano, o pais exportou US$ 3,2 bilhões em aeronaves, volume 33% maior do que em igual período de 2011. 

Enquanto a balança comercial registra um saldo negativo para as exportações de minério de ferro, com queda de 23,4% nos primeiros nove meses deste ano, o volume de vendas de aviões caminha na contramão, em trajetória ascendente.

De janeiro a setembro deste ano, as receitas com exportações de aviões somaram US$ 3,2 bilhões, um salto de 33% sobre os US$ 2,4 bilhões de igual período do ano anterior.

O resultado levou esse produto de alto valor tecnológico agregado a subir do 13º lugar na lista dos mais vendidos para a 10º posição, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Apesar de alguns economistas considerarem os dados transitórios, por esse tipo de produto não ter uma demanda linear, como avalia o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, a perspectiva é de um cenário favorável para esse segmento.

O professor de comércio exterior da Fundação Getúlio Vargas Management, Evaldo Alves, diz que a venda de aviões continuará favorecendo da balança comercial brasileira nos próximo três a quatro anos.

"Essa manutenção de bons números será apoiada no aumento da demanda asiática por aeronaves comerciais", explica Alves, apontando a China, Malásia, Índia, Indonésia e Tailândia como os principais potenciais compradores.

Neste período de nove meses, dados do MDIC já apontam a China como principal compradora, com US$ 696,7 milhões e revela a Itália como um novo grande mercado potencial, já que as exportações para lá saltaram 1.158% neste período frente ao mesmo de 2011 (veja mais na arte abaixo).

"Por isso afirmo que o resultado registrado não é meramente um salto aleatório no mercado aeronaves", comemora Alves.

     Embraer

A empresa responsável por esses dados positivos é a Embraer, fabricante brasileira de aviões, que registrou no primeiro semestre deste ano vendas da ordem de US$ 2,8 bilhões, contra US$ 2,4 bilhões de igual período de 2011.

O resultado, segundo balanço financeiro da companhia, representa a entrega de 56 aeronaves este ano, contra 45 em 2011.

Para o professor da Unicamp e ex-secretário de política econômica da Fazenda, Júlio Gomes de Almeida, a Embraer é uma prova de que é possível construir vantagens comparativas.

"Isso significa que um país não é fadado à visões ortodoxas, responsáveis por determinar que cada nação tem apenas uma aptidão específica de mercado. Com o Brasil, por exemplo, voltado a se especializar em produtos primários", diz.

Por conta disso, Gomes afirma que as vantagem comparativas são construídas diariamente, tendo como base a constante busca pela inovação tecnológica, educação e capacitação de mão de obra.

"Isso foi bem construído pela Embraer, que teve como sua aliada uma forte política industrial, a qual deveria existir também paras os mais diversos setores", afirma.

Para atender o mercado mundial, o presidente da Câmara de Comércio Italiana, Pietro Petraglia, contou que a Itália renovou recentemente sua frota e buscou na Embraer os novos jatos.

"As companhias aéreas abriram mão da fabricante ítalo-russo Sukhoi pelos modelos da brasileira por constatar que a qualidade das aeronaves era superiores", explica Petraglia.

Em 2011, encomendou 15 jatos do modelo 175 da Embraer, com valor de US$ 38,6 milhões cada, com capacidade para 88 pessoas, e cinco do modelo 190, a US$ 42,8 milhões cada, com 100 assentos. "Entre o final deste ano e início de 2013 temos já preparado uma lista de novos pedidos à Embraer", conta Petraglia, sem revelar detalhes da futura operação.

Petraglia destaca ainda que a tecnologia dos aviões brasileiros já é conhecida mundialmente. "Isso significa mais confiabilidade na hora do voo." Segundo ele, a facilidade encontrada no financiamento também influenciou a decisão. "Nos outros mercados as negociações são mais difíceis."



Publicado no Brasil Economico

Paraguai aumenta em quatro vezes volume exportado pelo Porto de Paranaguá

Paraguai aumenta em quatro vezes volume exportado pelo Porto de Paranaguá
 
Os produtos chegaram em vagões, cujo movimento, este ano, também é maior: 318%

Este ano, mais de 5,2 mil vagões com soja, milho e farelo do Paraguai descarregaram no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. Comparado à quantidade liberada no ano passado - 1,2 mil vagões -, este número é mais de quatro vezes maior. Pelo modal ferroviário, o país descarregou, de janeiro a setembro, mais de 312 mil toneladas de grãos – 390% a mais que em 2011, com pouco mais de 63 mil toneladas.

O principal produto que o Paraguai exporta, pelo Porto de Paranaguá, é a soja. Este ano, de janeiro a setembro, foram quase quatro mil vagões carregados com mais de 234 mil toneladas do produto. No ano passado, foram apenas 394 vagões e 21 mil toneladas do grão.

O aumento na exportação de grãos do Paraguai vem de encontro à expectativa da Appa que, em 2011, retomou o embarque dos produtos do país vizinho. Durante pelo menos oito anos, o Porto – que era quase que exclusivamente a alternativa de escoamento de safra - ficou sem escoar a produção paraguaia devido às dificuldades impostas aos exportadores paraguaios e políticas públicas que inviabilizavam os negócios.

“Atualmente, encontrando um porto muito mais aberto para o diálogo, o Paraguai retomado a confiança em Paranaguá”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Outros grãos – De milho, em 2012, já foram 933 vagões carregados com 60,5 mil toneladas a descarregar em Paranaguá. Em 2011, foram apenas 174 vagões e 10 mil toneladas do produto vindo do Paraguai.

Este ano, porém, o Paraguai descarregou menos farelo de soja, em Paranaguá. Foram apenas 309 vagões, pouco mais de 17 mil toneladas. Em 2011, foram 677 vagões carregados com 32,4 mil toneladas do produto.

 

Rally recolheu 30 toneladas de lixo do rio Paranapanema


Trinta toneladas de lixo foram recolhidas de ilhas e margens do rio Paranapanema, no Noroeste do Estado, durante o Rally do Lixo, realizado neste fim de semana. A competição atraiu 150 voluntários e 60 embarcações, que percorreram 80 quilômetros do rio – que além de ser fonte de sustento de pescadores da região, é ponto turístico e de lazer.

A 12ª edição do rally foi promovido pelo escritório de Paranavaí do Instituto Ambiental do Paraná, com apoio das prefeituras de Diamante do Norte, Porto Rico, Nova Londrina, Marilena e São Pedro do Paraná e de empresas privadas. Os participantes saíram da Estação Ecológica do Caiuá, em Diamante do Norte, e foram até o município de Porto Rico.

Para o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, eventos como esses são importantes para promover a educação ambiental. “Além desse relly, semanas atrás houve outros nas regionais de Cianorte, Umuarama e Campo Mourão. São atividades importantes porque promovem de forma divertida a educação ambiental”, afirmou.

Além de recolher o lixo e promover a educação ambiental, o evento lembrou o início do período da piracema, época de reprodução dos peixes em que a pesca fica proibida para garantir a manutenção da população aquática. O defeso começa nesta quinta-feira (1) e segue até 28 de fevereiro do próximo ano.

Outra novidade dessa edição do Rally do Lixo foi o alerta que os funcionários do IAP fizeram à população quanto à portaria nº 211/2012 que restringe a pesca de algumas espécies de peixes (como o dourado e piracanjuva) por três anos em alguns rios, reservatórios e lagoas do Estado, inclusive o Paranapanema. A restrição acontece apenas para a pesca profissional. A pesca esportiva (modalidade pesque e solte) continua liberada e a amadora tem o limite de 10 quilos e mais um exemplar, como já regulamenta a legislação federal. A restrição é baseada em estudos que indicam a redução populacional de algumas espécies de peixes.

Segundo o chefe regional do IAP em Paranavaí, Mauro Braga, a portaria foi bem aceita entre os pescadores e moradores da região. “Os pescadores percebem que esses peixes estão cada vez mais raros e nós não estamos encontrando nenhuma resistência aqui na região com relação a isso”, contou.
 

Armazéns de cacau e café escapam ilesos de tempestade


Dois armazéns certificados de cacau da Lyons & Sons, em Moorestown, na costa leste dos Estados Unidos, não foram prejudicados pela passagem da tempestade Sandy, informou nesta terça-feira o diretor-geral da companhia, Mike Reilly. As instalações da Peggy Mecca, que ficam no município de Edison e que guardam café, também escaparam sem danos.

Quase 17% dos estoques de café arábica e todos de cacau da ICE estão em armazéns na costa leste do país, onde a tormenta deixou milhões de pessoas sem energia elétrica. A qualidade desses produtos pode ser prejudicada pela água, que pode alterar o sabor e causar bolor. Outras quatro companhias que estocam cacau na região e outras cinco que armazenam café ainda não informaram se tiveram algum tipo de problema por conta da tempestade. As informações são da Dow Jones.
 


Fonte: Agência Estado

Publicado no Banrisul

Logística consome 13% da receita de empresas no País


As empresas brasileiras comprometem em média 13,14% de sua receita bruta com os custos logísticos. É o que aponta o estudo "Custos Logísticos no Brasil", divulgado nesta quarta-feira pelo Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral (FDC). A pesquisa, realizada com 126 empresas que juntas representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, revela que o maior peso dos custos logísticos ocorre no setor de bens de capital (22,69% da receita), seguido por construção (20,88%) e mineração (14,63%).


O transporte de longa distância, como o feito por meio de ferrovias e rodovias, é responsável pela maior parte das despesas com transporte no Brasil, aproximadamente 38% do total, seguido pelas despesas com armazenagem (18%), distribuição urbana (16%) e custos portuários e aeroportuários (13%).

Segundo o coordenador do Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da FDC, professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa, apesar de esse estudo ter sido feito pela primeira vez, ou seja, não permite comparações com anos anteriores, é possível afirmar que os custos com logística são crescentes na participação das despesas das empresas.

"Verificamos que, há dez anos, as viagens de caminhão eram, em média, de 50 quilômetros e hoje estão em 120 quilômetros", afirmou. "Isso ocorre porque o mercado de consumo está se interiorizando e tem acompanhado muito o avanço das fronteiras agrícolas e o desenvolvimento do consumo nas regiões Nordeste e Centro-Oeste." O problema, de acordo com Resende, é que a ampliação da distância a ser percorrida acontece em estradas em péssimas condições.

Na opinião das empresas consultadas, além das más condições das estradas, entre as principais causas dos custos logísticos elevados estão também a burocracia governamental, a restrição de carga e descarga nos grandes centros urbanos e a falta de concorrência entre diferentes modais. A principal solução sugerida é a "melhor gestão das ferrovias com integração multimodal".

Com relação à burocracia governamental, Resende destacou que, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, no Brasil os empresários não reconhecem nenhuma adição de valor nesse processo. "Em outros países, a burocracia é vista como um procedimento que garante a origem e a qualidade do produto, mas no Brasil a percepção é de inutilidade, de apenas adição de custo", diz.

Segundo ele, a pesquisa divulgada nesta quarta será feita anualmente. "A ideia é verificar se os projetos de infraestrutura anunciados recentemente vão de fato ajudar a reduzir os custos logísticos que temos hoje."

Fonte: Agência Estado

Publicado no Banrisul

Avião no Canadá usa 100% de produto derivado de oleaginosas

A empresa canadense Calyx Bio-Ventures anunciou nesta terça-feira a realização do primeiro voo de um avião civil usando 100% de biocombustível, na segunda-feira, em Ottawa. O avião Falcon 20, do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, usou o Resonance, combustível produzido pela Calyx a partir de oleaginosas processadas por uma de suas subsidiárias, a Agrisoma Biosciences.

A matéria-prima foi cultivada por mais de 40 agricultores nas regiões semiáridas da província de Western Canadá, segundo a empresa. 


Fonte: Agência Estado

Publicado no Banrisul 

Camex aplica direito antidumping sobre MDI polimérico

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu aplicar direito antidumping definitivo sobre as importações da China e dos Estados Unidos do diisocianato difenilmetano polimérico - MDI. A vigência da determinação é de cinco anos. O MDI polimérico é utilizado em aplicações de espumas rígidas de poliuretanos para refrigeração, isolamento térmico e construção civil. O material também é matéria-prima para fabricação de embalagens, revestimentos, adesivos, além de componente de resinas aglutinantes em aglomerados de madeira e na modelagem de areia com processo de fundição de metais.

A investigação da prática de dumping foi iniciada em junho de 2011, a pedido da Bayer S.A e em abril deste ano a Camex decidiu pela aplicação de direito antidumping provisório. Encerradas as investigações, a Camex concluiu pela existência de dumping nas importações do produto, com dano à indústria nacional e fixou alíquotas específicas para essas importações.

Publicado no Estadao

BC lança moeda em homenagem ao ano internacional das cooperativas

O Banco Central lançou na segunda-feira (29), no IV Fórum sobre Inclusão Financeira em Porto Alegre, moeda comemorativa em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas.

Cunhada em prata e com valor de face de R$ 5, a moeda traz a logomarca oficial do evento, além da legenda “Ano Internacional das Cooperativas”. No reverso, há uma ilustração do globo terrestre sustentado por três pares de mãos, em alusão ao trabalho cooperativo. A moeda traz o slogan oficial do evento “Cooperativas constroem um mundo melhor” e a legenda “Brasil” completam a composição.

A moeda comemorativa custará R$ 180 e poderá ser adquirida no IV Fórum Banco Central de Inclusão Financeira e, a partir desta terça-feira, nos guichês de atendimento do departamento do Meio Circulante das sedes regionais do BC.

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Foto 16 de 16 - O Banco Central lançou na segunda-feira (29) uma moeda comemorativa em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas. Cunhada em prata, a moeda traz no anverso a logomarca oficial do evento, além da legenda "Ano Internacional das Cooperativas". No reverso, destaca-se uma ilustração do globo terrestre sustentado por três pares de mãos, em alusão ao trabalho cooperativo Divulgação/BC
 
A moeda também poderá ser comprada no site do Banco do Brasil. Neste caso, a moeda poderá ser comprada com débito em conta (para os correntistas do BB) ou com boleto bancário.
No Brasil, existem hoje 6.586 cooperativas e aproximadamente dez milhões de cooperados, em 13 diferentes ramos de atuação.

Publicado no Uol

Fitch põe sob 'vigilância negativa' qualificação 'B' da Argentina





 A agência de classificação financeira Fitch colocou, nesta terça-feira, sob perspectiva negativa, a nota da dívida argentina a longo prazo, atualmente em "B", que pode ser rebaixada em breve.


A Fitch justificou sua decisão alegando incertezas sobre o reembolso de certas obrigações que não entraram nas duas reestruturações da dívida do país declarada em default em dezembro de 2001.

No dia 26 de outubro, um tribunal de apelações dos Estados Unidos rejeitou um recurso da Argentina contra a decisão de um juiz que exigia do país sul-americano o reembolso de bônus em default nas mãos do fundo de investimento NML Capital Ltd.

NML é um dos fundos que possui títulos em default que não participou das trocas efetuadas com uma quitação pelo governo argentino em 2005 e 2010.

Segundo a Fitch, "há incertezas sobre a duração do processo legal", assim como "a maneira como (o veredicto) poderia afetar as capacidades do país para pagar sua dívida".

A agência expressa também suas dúvidas sobre a vontade do governo de Cristina Kirchner de se "submeter à decisão final" dos juízes norte-americanos, considerando que, no passado, Buenos Aires se negou a reembolsar o que considera como "fundos abutres".

A Fitch acrescenta que acompanhará de perto a situação e que o não-pagamento da dívida "constituiria um caso de default", o que acarretaria uma redução da qualificação. Por outro lado, a agência suspenderá sua perspectiva negativa se Buenos Aires reembolsar esses bônus.

Publicado no Uol

Trem aéreo em Tel Aviv

Projeto-piloto de trem aéreo da Nasa cruzará céu de Tel Aviv Guila Flint

Um projeto-piloto feito em colaboração com a Nasa (agência espacial americana) deve levar às ruas de Tel Aviv, em Israel, um trem aéreo elétrico, com trilhos de alumínio, que está sendo promovido como uma “forma ecológica e rápida” de facilitar o transporte público.

Segundo anúncio do prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, o chamado “trem aéreo” terá uma primeira fase com uma linha de 7 km, perto do porto (norte da cidade), a ser concluída em dois anos.

O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será “produzida pelo próprio sistema”, disse à BBC Brasil Jerry Senders, diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia.
Senders explica que dentro de cada veículo haverá um “motor linear” que será movido por um misto de eletricidade e ondas magnéticas. BBC


 Publicado em Causual 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Volkswagen revela novo Santana e Brasil pode ser destino


Novo Volkswagen Santana adota a nova identidade visual da marca e fica parecido com o médio Jetta

  • Novo Volkswagen Santana adota a nova identidade visual da marca e fica parecido com o médio Jetta
Depois de alguns flagras, a Volkswagen revelou nesta terça-feira (30) a nova geração do Santana. O modelo, aposentado no Brasil desde 2006, é vendido na China desde os anos 1980 (ele nunca deixou de ser comercializado por lá) e ganha nova geração no país.

O novo carro é produzido na fábrica da Volks em Xangai, em acordo com a sua joint-venture local, a Shanghai Volkswagen Automotive, atendendo a novas regras de consumo e emissões e também a demandas de mercado. Equipado com a família de motores EA 211 (evolução dos EA 111 vendidos por aqui), a gasolina, o sedã será oferecido nas versões 1,4 litro/90 cv e 1,6 litro/ 110 cv -- exatamente os mesmos motores utilizados no Polo sedã vendido por lá (da mesma geração que o nosso). Segundo a VW, o novo modelo chega a ser até 28% mais econômico que a geração anterior.
Como o nome Santana nunca morreu na China, sua manutenção numa nova geração faz todo sentido. Mas e no Brasil? O certo é que este novo sedã segue a receita de sucesso para mercados emergentes: motor pequeno, espaço interno de sobra e porta-malas grande: são 2,60 m de entre-eixos (o mesmo que o de um Nissan Versa) e 480 litros de bagageiro (10 l a mais que o de um Toyota Corolla, por exemplo).

PREÇO
Na China, diferentes gerações de Santana e Polo convivem. O primeiro Santana ("quadrado"), utilizado por taxistas e frotas do governo, custa 76.800 yuans (cerca de R$ 25 mil, sem impostos e taxas). Os preços do Santana Vista (equivalente ao último modelo vendido no Brasil) variam de 90.800 a 99.800 yuans (de R$ 29.500 a R$ 32.500). E os valores do Polo sedã (o mesmo vendido por aqui) variam entre 85.800 e 112.800 yuans (de R$ 28 mil a R$ 36.800). Vale lembrar que o novo Polo (alinhado à Europa) também é vendido por lá, apenas na configuração hatch.
Por aqui, um carro deste padrão concorreria com Nissan Versa, Chevrolet Cobalt, Fiat Grand Siena, Honda City, Toyota Etios e outros compactos que agradam pelo espaço e conforto -- oscilando na faixa de R$ 35 mil a R$ 45 mil.
  • Eugênio Augusto Brito/UOL O Volkswagen Santana "quadrado", de primeira geração, ainda é vendido na China; modelo é utilizado por taxistas e frotas governamentais
Por lá, serão três versões de acabamento (Trendline, Comfortline e Highline), com pacotes de equipamentos recheados, que incluem freios ABS (antitravamento), airbags frontais, laterais e de cabeça, controle de tração, ar-condicionado, rodas de liga leve, sensores de estacionamento, bancos de couro e até teto solar elétrico.
Tamanha importância do modelo, o lançamento mundial aconteceu na matriz da empresa, em Wolfsburg, na Alemanha, e contou com a presença do presidente mundial da marca, Martin Winterkorn. A Volkswagen do Brasil desconversa sobre o assunto. Questionada, a marca não confirma se o sedã será vendido por aqui e diz apenas que "acompanha o mercado e que modelos futuros passam por fases de estudos rigorosas".
  • Divulgação
     Como a dianteira, interior também segue novo padrão estético da Volkswagen; traseira também lembra a de sedãs maiores da marca, mas lanternas têm desenho diferente e são mais agressivas

     Divulgação


    Publicado no Uol
JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA O país pode enfrentar um "apagão tecnológico" no setor de diagnósticos caso o governo federal não reveja suas regras para a importação de produtos novos de saúde, afirma uma pesquisa da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial). O alerta é direcionado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à longa espera para começar um processo de registro de reagentes ou outros produtos para exames laboratoriais. Em 2009, a agência instituiu a necessidade de vistoriar fábricas situadas em outros países das quais importadoras brasileiras quisessem comprar produtos novos. Atualmente, 319 fábricas estrangeiras aguardam essa liberação da Anvisa para que 520 produtos ligados ao setor diagnóstico, alguns de áreas mais sensíveis, como Aids e oncologia, possam iniciar o processo de registro no país --isso entre as 19 empresas que responderam à pesquisa. No total, segundo a Anvisa, cerca de mil processos aguardam a avaliação. Em 2011, a agência conseguiu realizar 213 inspeções. "Há um potencial de espera de sete anos. E isso em uma área na qual o ciclo de vida dos produtos é curto", afirma Carlos Eduardo Gouvêa, secretário-executivo da CBDL. O deficit pode significar deixar de oferecer exames mais rápidos e mais precisos para identificação de substâncias presentes, por exemplo, no sangue, segundo empresas ouvidas pela Folha. "Daqui a pouco, não vou poder fazer um diagnóstico porque não tenho a tecnologia", diz Walter Baxter, de uma empresa que trabalha com bancos de sangue. Os atrasos já levaram a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares) a anunciar um processo contra a agência. A Anvisa reconhece o acúmulo de processos, mas diz que é exagerado falar em "apagão". A agência defende a importância das inspeções para a segurança sanitária e afirma que está trabalhando num novo modelo de liberações com outros países.

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2012/10/30/empresas-do-ramo-de-diagnosticos-criticam-demora-de-importacoes.jhtm
JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA O país pode enfrentar um "apagão tecnológico" no setor de diagnósticos caso o governo federal não reveja suas regras para a importação de produtos novos de saúde, afirma uma pesquisa da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial). O alerta é direcionado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à longa espera para começar um processo de registro de reagentes ou outros produtos para exames laboratoriais. Em 2009, a agência instituiu a necessidade de vistoriar fábricas situadas em outros países das quais importadoras brasileiras quisessem comprar produtos novos. Atualmente, 319 fábricas estrangeiras aguardam essa liberação da Anvisa para que 520 produtos ligados ao setor diagnóstico, alguns de áreas mais sensíveis, como Aids e oncologia, possam iniciar o processo de registro no país --isso entre as 19 empresas que responderam à pesquisa. No total, segundo a Anvisa, cerca de mil processos aguardam a avaliação. Em 2011, a agência conseguiu realizar 213 inspeções. "Há um potencial de espera de sete anos. E isso em uma área na qual o ciclo de vida dos produtos é curto", afirma Carlos Eduardo Gouvêa, secretário-executivo da CBDL. O deficit pode significar deixar de oferecer exames mais rápidos e mais precisos para identificação de substâncias presentes, por exemplo, no sangue, segundo empresas ouvidas pela Folha. "Daqui a pouco, não vou poder fazer um diagnóstico porque não tenho a tecnologia", diz Walter Baxter, de uma empresa que trabalha com bancos de sangue. Os atrasos já levaram a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares) a anunciar um processo contra a agência. A Anvisa reconhece o acúmulo de processos, mas diz que é exagerado falar em "apagão". A agência defende a importância das inspeções para a segurança sanitária e afirma que está trabalhando num novo modelo de liberações com outros países.

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2012/10/30/empresas-do-ramo-de-diagnosticos-criticam-demora-de-importacoes.jhtm

Início do conteúdo Cai número de empresas que adotam projetos de crédito de carbono

Recuo é atribuído à falta de legislação, causando insegurança jurídica, mostra estudo com as maiores empresas do País 

Um estudo com 52 das maiores empresas do País mostra que em um ano caiu de 33% para 27% o envolvimento delas com projetos de créditos de carbono. Há quatro anos, o mesmo relatório, elaborado pelo Carbon Disclosure Project (CDP) apontava que 45% destas empresas apostavam neste tipo de expediente para compensar a emissão de gases do efeito estufa.

Estudo reuniu dados de emissões de 52 empresas - Daniel Teixeira/AE
Daniel Teixeira/AE
 
Estudo reuniu dados de emissões de 52 empresas
O diretor do CDP na América Latina, Fernando Eliezer Figueiredo, atribui a queda à ausência de regulamentação. "A insegurança deixada pela falta de adesão ao Protocolo de Kyoto desacelerou o surgimento de novos projetos. Sem uma definição clara, as empresas tiraram o pé", afirma Figueiredo.

Segundo ele, apenas os projetos que já existiam estão sendo desenvolvidos. No País, algumas destas iniciativas são questionadas: atualmente, o Ministério Público Federal investiga um contrato de US$ 90 milhões firmado entre a empresa irlandesa Celestial Green Ventures e a comunidade indígena mundurucu que permite a exploração por 30 anos de uma área de 200 mil quilômetros quadrados na Floresta Amazônica, próxima a Jacareacanga (PA). O acordo foi revelado em março, pelo Estado.

Despreparo
O relatório do CDP é baseado em questionários enviados às 80 maiores empresas do País - apenas 52 responderam às informações sobre a emissão de gases.

O estudo apontou que 92% delas consideram as mudanças climáticas relevantes, mas que apenas 34% têm metas de redução de carbono efetivamente implementadas - 51% iniciaram ou estão em fase de investigação de projetos na área. 

"Há uma distância entre a teoria e a prática, mas isto é um processo. Até alguns anos atrás, a maioria das empresas não fazia nem sequer inventário de emissões", afirma Figueiredo. "Na leitura das respostas, vemos que os projetos estão dentro da estratégia, mas as empresas não deixam claro como estão inseridos, então fica difícil de fazer uma análise mais profunda."

O diretor do CDP, projeto que visa a uma maior transparência nas políticas de redução de emissões das empresas na relação com os investidores, diz não acreditar que as empresas estejam fazendo o chamado marketing verde - anúncio de ações pouco efetivas de sustentabilidade para ganhar uma imagem positiva. "Essa visibilidade ocorre naturalmente, não dá para fazer porque os dados estão visíveis e as empresas ficam vulneráveis", afirma ele.

A eficiência energética é responsável por 54% das medidas utilizadas para a redução de emissões - a compra de energia "limpa", por outro lado, foi apontada por apenas 1% das companhias. "A eficiência energética é mais tangível, diminuiu custos e traz redução, mas é apenas a lição de casa. O setor industrial tem de investir mais em inovação para fazer a diferença realmente", afirma Figueiredo. 


Publicado no Estadao


Furacão Sandy mata 12 nos EUA, 1 no Canadá e inunda Manhattan

Mortes nos EUA ocorreram em seis estados; uma pessoa desapareceu.


Prefeito de Nova York pediu à população para não sair de casa. 

 O furacão Sandy varreu a costa leste americana na noite desta segunda-feira (29) matando 12 pessoas nos Estados Unidos e uma no Canadá, além de inundar e provocar o caos em Manhattan, na cidade de Nova York, informaram os serviços de emergência.

No Estado de Nova York, Sandy matou cinco pessoas, incluindo um homem de 30 anos atingido pela queda de uma árvore no Queens, disse um porta-voz do governador Andrew Cuomo.

‘Sandy’ provoca inundação nas obras do Marco Zero, em Nova York. (Foto: John Minchillo / AP Photo)‘Sandy’ provoca inundação nas obras do Marco Zero, em Nova York. (Foto: John Minchillo / AP Photo)

Em Nova Jersey, as duas vítimas fatais também foram atingidas por uma árvore, que caiu sobre um carro no condado de Morris, segundo os serviços de emergência.

Duas pessoas morreram na Pensilvânia, uma atingida por árvore e outra no desabamento de uma casa, informaram as autoridades locais.

Em Maryland, uma mulher bateu com o carro em uma árvore e morreu.
Na Virgínia Ocidental, outra mulher, de 48 anos, colidiu com um caminhão em meio a uma tempestade provocada por Sandy, informou a polícia.

No Atlântico, na Costa da Carolina do Norte, uma tripulante de um veleiro réplica do HMS Bounty morreu no hospital após ser resgatada no mar e levada a um hospital. O capitão do barco permanece desaparecido.

Na cidade canadense de Toronto, mais ao norte, uma mulher morreu ao ser atingida por uma placa de publicidade que se desprendeu com o forte vento.

O olho do fenômeno atingiu as proximidades de Atlantic City, de acordo com o boletim do Centro Nacional de Furacões (CNF), com sede em Miami.

Em Nova York, ao menos 250 mil famílias ficaram sem energia elétrica na noite de segunda-feira na região de Manhattan, informou o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, em entrevista coletiva.

Vários bairros do sul de Manhattan ficaram sob as águas e sem eletricidade, disse Bloomberg, que pediu à população para permanecer em casa e evitar sair de carro para não prejudicar o deslocamento das equipes de emergência.
Segundo a CNN, o apagão no sul de Manhattan foi provocado pela explosão em uma subestação que entrou em curto devido à inundação do bairro.
Os rios East e Hudson transbordaram por conta da chuva torrencial que caiu na cidade e inundou túneis.
O setor de Battery Park, sul de Manhattan, foi coberto pelas águas.

As forças de segurança fecharam o acesso ao Battery Park e toda a zona próxima a Wall Street ficou deserta, exceto pela presença de carros da polícia, bombeiros e ambulâncias.

Equipes das companhias elétricas trabalhavam sem descansar para bombear água para fora das galerias e restabelecer os serviços, mas milhares de residências permaneciam sem energia. O apagão atingia diversas zonas, incluindo a Universidade de Nova York e alguns hospitais.

No bairro de Chelsea, a fachada inteira de um prédio de três andares caiu, mas sem provocar vítimas.

Fachada de prédio de cinco andares no número 92 da 8ª Avenida que ficou destruída com a aproximação do furacão Sandy (Foto:  John Minchillo / AP)Fachada de prédio de cinco andares no número 92 da 8ª Avenida que ficou destruída com a aproximação do furacão Sandy. (Foto: John Minchillo / AP)
 
Vários carros de bombeiros e da polícia fecharam o acesso à Oitava Avenida entre as ruas 14 e 15.
Nova York estava paralisada desde a manhã desta segunda-feira, com a suspensão do sistema de transporte público e o fechamento de tribunais e escolas, além da queda do fornecimento de energia elétrica para milhares de residências.

Cerca de 375 mil pessoas receberam ordem de deixar áreas costeiras da cidade no sul de Manhattan, Brooklyn, Queens e Staten Island.

As autoridades advertiram para os riscos "sem precedentes" do furacão e ordenaram a retirada de milhares de residentes ao longo da faixa costeira que vai de New England (nordeste) à Carolina do Norte (sudeste), mas apesar dos avisos, apenas 3 mil pessoas procuraram os 76 abrigos colocados a disposição em Nova York.

Por volta das 2h30 GMT (0h30 do horário brasileiro de verão) de terça-feira (30), o vento perdia força e chovia menos em Nova York, permitindo prever o fim da confusão provocada por Sandy na cidade.

No Canadá, Sandy deixou mais de 68 mil residências sem energia, sendo 30 mil em Ontario e 38 mil em Quebec, após derrubar árvores sobre as redes elétricas, segundo as companhias provinciais Hydro One e Hydro-Québec.

Em sua passagem pelo Caribe, na semana passada, Sandy deixou 67 mortos, milhares de desabrigados e muitos prejuízos.

Publicado no G1

Consumidor mais sofisticado é oportunidade à indústria


O diretor da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Ramundo, prevê o Brasil com população mais escolarizada e com maior renda em 2020, o que abrirá oportunidades para a indústria de bens de consumo. "Teremos uma população consumindo com muito mais sofisticação. Isso abre espaço para oportunidades de diferenciação com base em inovação", disse. As afirmações foram feitas em palestra nesta segunda-feira no seminário Perspectivas para a Indústria e a Infraestrutura: Visões do BNDES, promovido pelo banco em sua sede, no Rio.

Ainda na análise dele, no contexto econômico atual, mudou a dicotomia entre industrialização e exportação de commodities. Segundo Ramundo, a produção e exportação de bens primários hoje inclui tecnologia e traz várias oportunidades para novas estratégias na agropecuária, setor para o qual o banco de fomento passou a olhar com atenção mais recentemente.

"A pauta de exportações primárias é muito mais diversificada (atualmente) e com componente tecnológico do que nos anos 1960", afirmou, destacando que até 2050 o mundo terá 9 bilhões de habitantes e a oferta de alimentos terá que crescer acima de 70%, segundo estimativas. "Haverá enormes oportunidades para o Brasil", completou.


Publicado no Jornal do Comercio

COURO FICA MAIS CARO NO PAÍS E PERDE PREÇO NAS EXPORTAÇÕES





Intensificado pela atuação da JBS e outras gigantes nesse mercado, o crescimento das exportações de couro tem prejudicado a disponibilidade da commodity em âmbito nacional. Curtumes falam em aumento de 40%, em seis meses, do preço da matéria-prima.

O mercado externo, apesar do câmbio favorável, apresenta desvalorização. No acumulado de janeiro a setembro, os embarques cresceram 7% em volume, mas perderam 2% de valor. A diferença está ligada à crescente demanda chinesa pelo tipo wet blue, que é o couro mais barato.

"A [demanda da] Europa está restrita. Não temos outro mercado que não seja a Ásia", diz o diretor-presidente do curtume Viposa, de Caçador (SC), Elias Seleme Neto. "Mas a China só quer couro inacabado, que tem pouca margem de lucro", acrescenta.

A participação da China cresceu 23% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2011, atingindo o nível de 23,3% das exportações brasileiras de peles e couro. Os totais exportados nesse período foram de 291,7 mil toneladas e US$ 1,5 bilhão.

Na contramão, as importações da Itália, que costuma comprar couro beneficiado do Brasil (tipo crust, por exemplo), caíram 16%, para 298,2 mil toneladas.

O fator positivo para os curtumes exportadores neste ano foi o câmbio. "Trabalhou-se com prejuízo em 2010 e 2011", lembra Neto. "Se o dólar fica abaixo de R$ 2, o setor fecha no vermelho."

Matéria-prima escassa
Se a preocupação do curtume Viposa é com o mercado externo, a Casa de Couros Romeu, que atua desde o beneficiamento até o varejo, é com a falta de material no Brasil. Segundo o diretor-comercial da empresa, Rodrigo Saragioto, o couro está caro, raro e de má qualidade no País.

"Desde que o grupo JBS entrou forte nesse mercado, comprando todos frigoríficos que ofereciam couro bom, os curtumes ficaram com o que sobrou de matéria-prima ruim", afirma o executivo, observando alta de 40% do valor do produto nos últimos seis meses.
Em resposta, um porta-voz da JBS disse que a subida de preço tem a ver com a baixa oferta de bois - o rebanho nacional, afetado pelos rumos do mercado pecuário, tem encolhido, inclusive com o descarte de matrizes -, não com o crescimento da companhia multinacional.

A Casa Romeu adquire seis mil peças de couro wet blue e in natura por mês, para trabalhá-las em sua sessão de beneficiamento e depois vendê-las, por atacado, para fabricantes de vestuário e acessórios. A matéria-prima está custando R$ 1,80 por quilo, de acordo com Saragioto.

"O couro já esteve mais caro. O preço, porém, subia conforme a demanda. Agora que o mercado está em baixa, era para o couro estar mais barato", diz o empresário, atribuindo a valorização atípica do produto aos embarques promovidos pela JBS ao exterior.

Azul molhado
Vale registrar que o couro wet blue ("azul molhado") - azulado pelo cromo, que o torna imperecível - tem status de commodity e precisa passar por duas outras etapas de beneficiamento antes de ficar pronto para qualquer tipo de manufatura. Alguns curtumes, como o A.P. Müller, em Portão (RS), preferem investir unicamente no acabamento da matéria-prima, não trabalham com o wet blue.

O presidente da Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria de Couro (ABQTIC), Etevaldo Zilli, aponta para novas demandas ambientais do segmento - como na substituição, para a curtição do couro, do cromo por produtos naturais.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria
Publicado no Aduaneiras

ARTIGO: Feedback com resultados


O comportamento não está adequado aquilo que se espera objetivando o sucesso da equipe e o alcance dos objetivos da empresa. O que você faria diante de uma situação dessas? Advertiria verbalmente o funcionário no seu local de trabalho ou o chamaria para um feedback em um local isolado?
Muitos escolheriam a primeira opção, afinal é necessário se impor e nada melhor que uma advertência verbal, esteja onde estiver, esteja na frente de quem estiver. Espera-se que, diante desta atitude o funcionário demonstre mais disposição, proatividade, mude seu comportamento e se ajuste aos valores da empresa – em especial, ao valores do setor, certo?
Errado.
Há vinte anos atrás era esse o padrão de conduta da liderança, esbravejando e ameaçando o funcionário. Se o funcionário não gostasse ou não mudasse, era demitido. Passados vinte anos, com o avanço das mais diversas técnicas de gestão e, principalmente, no campo da psicanálise e neurociência, a conduta correta felizmente é outra. Não se obtém engajamento de sua equipe com atitudes ameaçadoras, pois a ameaça gera uma situação de stress no indíviduo a tal ponto que o cérebro, para responder a este estímulo, passa a consumir glicose e oxigênio, justamente aquilo que é necessário para a memória recente, reduzindo sua capacidade analítica e de gerar ideiais. Diante deste quadro, o funcionário é incapaz de detectar e solucionar problemas. A proatividade, que já era deficiente, passa a ser nula, o comportamento deteriora e, com o passar dos dias, teremos duas situações: o agravamento comportamental do funcionário e sua consequente demissão.
Agora, analisemos pelo outro aspecto, que é se fazer valer das técnicas de gestão de pessoas, de valorização conforme Hezberg defendeu e da gestão de relacionamentos – e claro, valendo-se da neurociência. Primeiro, precisamos entender se este funcionário está na atividade coerente ao seu perfil. De nada adianta colocarmos a pessoa errada no lugar errado e exigir dela o máximo de rendimento em uma tarefa para a qual ela não está adequada para cumprir. Segundo, precisamos entender que feedback corretivo nunca é feito no local de trabalho, na frente dos colegas do funcionário e em tom ameaçador, como já bem sabemos.
Ao invés de criticar o funcionário sobre suas atitudes dispersas, sem proatividade e que estão aquém dos resultados esperados, mostre a ele o quanto ele é diferenciado, razão pela qual ele está à frente da atual atividade. Deixe claro que a atividade atual requer alguém com a capacidade que ele já demonstrou ter e que o setor onde ele se encontra requer alguém que tenha conhecimento e habilidade suficientes para proporcionar resultados cada vez melhores em um setor que, até a sua chegada, necessitava de melhorias.
Depois de destacar os pontos positivos que ele possui e realçar seu conhecimento e habilidade, evite dizer palavras como “mas”, “porém”, “só que”. Todo o trabalho que você fez mostrando o valor que o funcionário tem você colocará a perder, pois diante de palavras negativas a nossa tendência é se fechar completamente para o que virá em seguida, pois críticas destrutivas destroem a motivação. O correto é usar termos como “e além disso”, como por exemplo “você possui conhecimento e a habilidade necessária, e além disso há a atitude esperada de você, já reconhecida nas atividades que você desempenhou em outras áreas, e que requer uma atenção maior da sua parte, pois nisto e naquilo vimos a necessidade desta conversa, para compreender as razões das suas atitudes atuais”. Desta forma, você expõe o que está observando de errado na conduta deste funcionário, mostra que ele tem diferencial e que depende apenas dele que os resultados aconteçam. Esta é a deixa para que o funcionário lhe diga o que está acontecendo e o que está levando ele a se comportar de forma contrária aos valores esperados.
Feche o feedback com um acordo de ambas as partes e diga que irá acompanhá-lo para ter a certeza de que o acordo está sendo cumprido. A mudança de comportamento será visível e satisfatória, gerando os resultados esperados por todos.

Feedback com resultados

sandrocan | outubro 22, 2012 em 9:19 pm | Tags: feedback, feedback corretivo, feedback positivo | Categorias: Gestão de Pessoas | URL: http://wp.me/pjIXm-dX