Operadores dos portos e estivadores chegam a acordo que protege exportações

 
Estivadores em greves parciais salvaguardam exportações e navios para a Madeira e Açores. 

Foram precisas 11 horas para que estivadores e operadores portuários chegassem a acordo quanto aos serviços mínimos a cumprir nas greves parciais marcadas até 7 de Novembro. O acordo, que irá vigorar a partir de 31 de Outubro, é semelhante ao que estava em prática desde 2004, mas salvaguarda as exportações e os navios para a Madeira e os Açores. Fica assim afastada a necessidade de recurso à requisição civil. Hoje e amanhã, os estivadores vão estar reunidos em plenário, onde serão apresentados os pormenores do acordo.

O acordo, que irá vigorar a 31 de Outubro, é semelhante ao que estava em prática desde 2004, mas salvaguarda as exportações e os navios para as ilhas.

Ao que o Diário Económico apurou existe acordo quanto ao reforço, durante os períodos de greve, das ligações marítimas entre o continente e as Regiões Autónomas, tendo ficado assegurada a prioridade à movimentação das cargas dos navios com uma vertente exportadora. Na reunião de sexta-feira passada, a terceira com a mediação da Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), ficou ainda estabelecido que em operações de exportação se os navios estiverem a menos de duas horas de completar a carga ou descarga, os estivadores completarão esses serviços até ao navio estar pronto para seguir viagem, mesmo que já em período de greve.

O presidente do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, Vítor Dias explicou que "o que estava a dividir as partes era o facto de as propostas das associações, e as propostas iniciais, conterem quase tudo o que era transporte de cargas nos serviços mínimos". "O sindicato não podia aceitar que tudo o que se movimenta no porto fosse serviços mínimos", afirmou o sindicalista em declarações à RTP. Quanto aos contornos do acordo fechado com os operadores, Vítor Dias diz que "os pormenores [vai] transmiti-los primeiro aos trabalhadores e só depois vou transmiti-los à comunicação social".

Publicado no Site Economico