O comportamento não está adequado aquilo que
se espera objetivando o sucesso da equipe e o alcance dos objetivos da empresa.
O que você faria diante de uma situação dessas? Advertiria verbalmente o
funcionário no seu local de trabalho ou o chamaria para um feedback em um local
isolado?
Muitos escolheriam a primeira opção,
afinal é necessário se impor e nada melhor que uma advertência verbal, esteja
onde estiver, esteja na frente de quem estiver. Espera-se que, diante desta
atitude o funcionário demonstre mais disposição, proatividade, mude seu comportamento
e se ajuste aos valores da empresa – em especial, ao valores do setor, certo?
Errado.
Há vinte anos atrás era esse o padrão
de conduta da liderança, esbravejando e ameaçando o funcionário. Se o
funcionário não gostasse ou não mudasse, era demitido. Passados vinte anos, com
o avanço das mais diversas técnicas de gestão e, principalmente, no campo da
psicanálise e neurociência, a conduta correta felizmente é outra. Não se obtém
engajamento de sua equipe com atitudes ameaçadoras, pois a ameaça gera uma
situação de stress no indíviduo a tal ponto que o cérebro, para responder a
este estímulo, passa a consumir glicose e oxigênio, justamente aquilo que é
necessário para a memória recente, reduzindo sua capacidade analítica e de
gerar ideiais. Diante deste quadro, o funcionário é incapaz de detectar e
solucionar problemas. A proatividade, que já era deficiente, passa a ser nula,
o comportamento deteriora e, com o passar dos dias, teremos duas situações: o
agravamento comportamental do funcionário e sua consequente demissão.
Agora, analisemos pelo outro aspecto,
que é se fazer valer das técnicas de gestão de pessoas, de valorização conforme
Hezberg defendeu e da gestão de relacionamentos – e claro, valendo-se da
neurociência. Primeiro, precisamos entender se este funcionário está na
atividade coerente ao seu perfil. De nada adianta colocarmos a pessoa errada no
lugar errado e exigir dela o máximo de rendimento em uma tarefa para a qual ela
não está adequada para cumprir. Segundo, precisamos entender que feedback
corretivo nunca é feito no local de trabalho, na frente dos colegas do
funcionário e em tom ameaçador, como já bem sabemos.
Ao invés de criticar o funcionário
sobre suas atitudes dispersas, sem proatividade e que estão aquém dos
resultados esperados, mostre a ele o quanto ele é diferenciado, razão pela qual
ele está à frente da atual atividade. Deixe claro que a atividade atual requer
alguém com a capacidade que ele já demonstrou ter e que o setor onde ele se
encontra requer alguém que tenha conhecimento e habilidade suficientes para
proporcionar resultados cada vez melhores em um setor que, até a sua chegada,
necessitava de melhorias.
Depois de destacar os pontos
positivos que ele possui e realçar seu conhecimento e habilidade, evite dizer
palavras como “mas”, “porém”, “só que”. Todo o trabalho que você fez mostrando
o valor que o funcionário tem você colocará a perder, pois diante de palavras
negativas a nossa tendência é se fechar completamente para o que virá em
seguida, pois críticas destrutivas destroem a motivação. O correto é usar
termos como “e além disso”, como por exemplo “você possui conhecimento e a
habilidade necessária, e além disso há a atitude esperada de você, já
reconhecida nas atividades que você desempenhou em outras áreas, e que requer
uma atenção maior da sua parte, pois nisto e naquilo vimos a necessidade desta
conversa, para compreender as razões das suas atitudes atuais”. Desta forma,
você expõe o que está observando de errado na conduta deste funcionário, mostra
que ele tem diferencial e que depende apenas dele que os resultados aconteçam.
Esta é a deixa para que o funcionário lhe diga o que está acontecendo e o que
está levando ele a se comportar de forma contrária aos valores esperados.
Feche o feedback com um acordo de ambas
as partes e diga que irá acompanhá-lo para ter a certeza de que o acordo está
sendo cumprido. A mudança de comportamento será visível e satisfatória, gerando
os resultados esperados por todos.
Feedback com resultados
by sandrocan
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sandrocan | outubro 22, 2012 em
9:19 pm | Tags: feedback, feedback corretivo, feedback positivo | Categorias: Gestão
de Pessoas | URL: http://wp.me/pjIXm-dX
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