Nesta segunda-feira (22), a União Europeia anunciou a liberação das importações do milho transgênico MIR 162. Essa liberação acontece depois de a Europa ficar diante de uma escassez de oferta, já que importantes países produtores foram atingidos por uma séria estiagem, bem como o que aconteceu nos Estados Unidos.
Nações
como a França e a Espanha tiveram sua produção bastante prejudicada, a
safra norte-americana perdeu mais de 100 milhões de toneladas, e agora a
Europá busca fornecedores alternativos de matéria prima. O Brasil, de
acordo com Flávio Oliveira, operador de mesa da Mc Donald & Pelz,
deverá ser o principal protagonista deste novo momento do mercado.
Atualmente,
de acordo com Oliveira, o Brasil é o único país com um excedente de
safra volumoso o suficiente para suprir essa "nova" demanda e já estima
que as exportações brasileiras de milho possam alcançar as 20 milhões de
toneladas até fevereiro de 2013. Atualmente, as estimas apontam para
algo entre 17 e 18 milhões de toneladas.
Outro
exportador que poderia contribuir para suprir essa demanda seria a
Argentina, que também cultiva a variedade MIR 162. No entanto, como
explicou Flávio Oliveira, o governo, tentando proteger o mercado
interno, tem "dificultado a saída do milho".
Mercado - Essa liberação feita pela União Europeia deverá oferecer algum impulso aos preços do milho no mercado interno brasileiro.
"O
mercado já vinha firme desde a semana passada e deve continuar assim
por um tempo. E essa notícia da Europa deverá dar ainda mais firmeza aos
preços porque veremos o Brasil aumentando suas exportações de milho. Já
pudemos ver preços melhores nos portos e nos prêmios de exportação",
diz o operador.
Já no mercado internacional
de milho, mais precisamente nos futuros negociados em Chicago, essa
informação, porém, não deverá registrar muito impacto.
Variedade MIR 162
- A variedade MIR 162 é plantada no Brasil desde a safra 2010/11 e foi
aprovada pela CTNBio (Comissão Nacional de Biossegurança) em 28 de
setembro de 2009. A cultivar é produzida pela empresa Syngenta.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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