O Brasil foi o país mais afetado pelas medidas protecionistas adotadas pela Argentina, (terceiro maior parceiro comercial
do País) em fevereiro deste ano. Dados divulgados pelo Instituto
Nacional de Estadística y Censos (Indec), o instituto oficial de
estatísticas do país, apontam que, enquanto as importações totais
portenhas caíram 7% de janeiro a agosto deste ano sobre os oito
primeiros meses de 2011 (para US$ 45 bilhões), as compras de produtos
brasileiros caíram 18,3% na comparação do mesmo período (para US$ 11,9
bilhões). As restrições fizeram com que o superávit comercial argentino
crescesse 38,1% no acumulado do ano, para US$ 10 bilhões, e ajudaram um
pouco a equilibrar o cenário fiscal da nação, que não conta com fontes
de financiamentos externos e sofre com a falta de dólares para enfrentar
a crise.
Desde fevereiro, cerca de 40 países protestaram na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as medidas protecionistas argentinas. Para contornar essa situação, o Brasil iniciou em junho uma negociação bilateral com o país vizinho, e conquistou, aos poucos, a liberação para alguns produtos brasileiros. “A postura do Brasil tem sido bastante construtiva. O País entende os problemas fiscais e comerciais do vizinho e tem procurado apoiá-los. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tem promovido reuniões entre empresários brasileiros e argentinos com o objetivo de aumentar a pauta de exportação de produtos portenhos para o Brasil”, diz Roberto Teixeira da Costa, membro do Grupo de Análise de Conjunturas Internacionais da Universidade de São Paulo (Gacint/USP).
Desde junho, as exportações brasileiras para a Argentina voltaram a crescer. Em junho, julho e agosto os resultados das vendas externas foram, respectivamente US$ 1,3 bilhão, US$ 1,4 bilhão e US$ 1,6 bilhão. Mesmo assim, o saldo da balança comercial brasileira com a Argentina caiu 54%, para US$ 1,7 bilhão, na comparação dos oito primeiros meses de 2012 com o mesmo período de 2011. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No entanto, segundo Roberto Teixeira, o governo brasileiro também entende que não pode ser conivente com todas as ações comerciais adotadas pelo governo de Cristina Kirchner. “Ao mesmo tempo em que restringiram as compras de produtos brasileiros, os argentinos aumentaram as relações comerciais com outros países, como a China, por exemplo. Então, na prática, o que está havendo é uma substituição de parceiros. O Brasil entende que não pode ter uma posição passiva”, conta. No entendimento do executivo, em tempos de crise econômica, é de suma importância para os brasileiros não perderem espaço em qualquer mercado consumidor. “Esses conflitos com a Argentina vêm ocorrendo há pelo menos cinco anos e não devem ser resolvidos no curto prazo. As relações comerciais brasileiras com a Argentina estão em constante negociação”, avalia.
Publicado por: Export News
Fonte: www.revistacomexbb.com.br
Desde fevereiro, cerca de 40 países protestaram na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as medidas protecionistas argentinas. Para contornar essa situação, o Brasil iniciou em junho uma negociação bilateral com o país vizinho, e conquistou, aos poucos, a liberação para alguns produtos brasileiros. “A postura do Brasil tem sido bastante construtiva. O País entende os problemas fiscais e comerciais do vizinho e tem procurado apoiá-los. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) tem promovido reuniões entre empresários brasileiros e argentinos com o objetivo de aumentar a pauta de exportação de produtos portenhos para o Brasil”, diz Roberto Teixeira da Costa, membro do Grupo de Análise de Conjunturas Internacionais da Universidade de São Paulo (Gacint/USP).
Desde junho, as exportações brasileiras para a Argentina voltaram a crescer. Em junho, julho e agosto os resultados das vendas externas foram, respectivamente US$ 1,3 bilhão, US$ 1,4 bilhão e US$ 1,6 bilhão. Mesmo assim, o saldo da balança comercial brasileira com a Argentina caiu 54%, para US$ 1,7 bilhão, na comparação dos oito primeiros meses de 2012 com o mesmo período de 2011. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No entanto, segundo Roberto Teixeira, o governo brasileiro também entende que não pode ser conivente com todas as ações comerciais adotadas pelo governo de Cristina Kirchner. “Ao mesmo tempo em que restringiram as compras de produtos brasileiros, os argentinos aumentaram as relações comerciais com outros países, como a China, por exemplo. Então, na prática, o que está havendo é uma substituição de parceiros. O Brasil entende que não pode ter uma posição passiva”, conta. No entendimento do executivo, em tempos de crise econômica, é de suma importância para os brasileiros não perderem espaço em qualquer mercado consumidor. “Esses conflitos com a Argentina vêm ocorrendo há pelo menos cinco anos e não devem ser resolvidos no curto prazo. As relações comerciais brasileiras com a Argentina estão em constante negociação”, avalia.
Publicado por: Export News
Fonte: www.revistacomexbb.com.br
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