Novos sinais de que a demanda por soja seguirá aquecida impulsionaram as cotações da oleaginosa ontem na Bolsa de Chicago. Compras desencadeadas por fatores técnicos também deram suporte aos preços. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostrou no relatório semanal de exportações um volume 62% maior que o da semana anterior. Foram vendidas cerca de 1,3 milhão de toneladas da safra 2012/13, bem mais que as 900 mil toneladas esperadas por analistas. Como resultado, os lotes para entrega em novembro subiram 1,29%, terminando a US$ 15,5150 por bushel. Ainda assim, acumulam queda de 12,4% desde 4 de setembro, quando fecharam na máxima recorde de US$ 17,71 por bushel.
A soja inicialmente contagiou os preços do milho e do trigo, mas ambos os cereais devolveram os ganhos ao longo do dia com a percepção de que a demanda por esses grãos não é tão grande quanto pela oleaginosa. O contrato dezembro do milho encerrou quase estável a US$ 7,57 por bushel. O mesmo vencimento do trigo caiu 0,43%, para US$ 8,6925 por bushel.
Na Bolsa de Nova York, a maioria das soft commodities teve fraco desempenho, com exceção do açúcar bruto, que encontrou sustentação na fraqueza do dólar. O café arábica liderou as perdas, recuando mais de 3%. Investidores decidiram liquidar posições depois que o grão atingiu os patamares mais altos em quase 10 semanas na sessão anterior. O suco de laranja e o algodão pouco oscilaram, enquanto o cacau foi pressionado pela expectativa de uma safra volumosa na Costa do Marfim.
Publicado em O Estado de S.Paulo: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,dados-de-exportacao-impulsionam-soja--em-chicago--,940537,0.htm
Cenário: Gabriela Mello
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